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Veja o que se sabe sobre o caso da babá explorada sexualmente e morta pela patroa em AM

A patroa da vítima, Camila Barroso, foi presa sob suspeita de envolvimento no assassinato; PC do Amazonas procura um segundo suspeito

À esquerda da foto, Camila, patroa de Geovana (ao meio). Do lado direito, Eduardo Gomes da Silva, investigado por envolvimento na morte de babá em Manaus.

A babá Geovana Costa Martins, de 20 anos, foi encontrada morta em uma área de mata no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, com sinais de espancamento, no dia 20 de agosto. Nesta quinta-feira (29), a Polícia Civil do Amazonas prendeu, Camila Barroso, a patroa de Geovana, suspeita de envolvimento no crime. Já o segundo suspeito, é o filho da proprietária da casa onde Camila morava de aluguel, Eduardo Gomes da Silva, que está foragido.

“A jovem foi morta de forma bárbara e cruel, com sinais de espancamento e tortura, o que chocou a nossa sociedade e nos motivou ainda mais a dar uma resposta à população e aos familiares, e responsabilizar todas as pessoas envolvidas”, afirmou Cunha.

A motivação do caso ainda é incerta, conforme as investigações da Delegacia de Homicídios.

Desaparecimento e morte da vítima

A polícia afirmou que Geovana foi dada como desaparecida em 19 de agosto. O corpo da jovem foi encontrado com sinais de tortura no dia seguinte, no bairro Tarumã, Zona Oeste da capital, identificado pela família no Instituto Médico Legal (IML) no domingo, 25 de agosto.

Segundo a polícia, Geovana faleceu na noite de 19 de agosto. A investigação indica que a causa da morte foi traumatismo craniano, possivelmente resultado de agressões, conforme informou a delegada Marília Campello, que está à frente do caso.

Vítima era explorada sexualmente

Segundo a delegada Marília Campello, que também atua no caso, Geovana começou a trabalhar na casa de Camila como babá, mas, ao chegar no local, foi aliciada e atraída para uma vida de baladas e bebidas alcoólicas. Camila começou a impedir que Geovana saísse de casa, mesmo contra a sua vontade. As investigações apontam que a patroa também ameaçava e explorava a jovem sexualmente.

“Essa vítima era praticamente forçada a fazer programas sexuais. Pelo que apuramos, a casa funcionava como uma casa de massagem. Além de Geovana, outras meninas também passavam por lá, mas a vítima morava no local e não podia se relacionar com pessoas de fora”, relatou a delegada.

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A mãe da vítima, Márcia Costa, relatou que a filha trabalhava para a suspeita há cerca de um ano, mas nunca mencionou qualquer desentendimento com a patroa, segundo o g1.

Patroa presa por envolvimento na morte de babá publicava vídeos com a vítima nas redes sociais.

Os suspeitos de envolvimento no crime

Ao ser presa, Camila acusou o ex-namorado de Geovana de ser o autor do crime. Porém, a polícia já havia ouvido o homem, que mostrou mensagens comprovando que a patroa não permitia que a babá se relacionasse com qualquer pessoa fora da casa.

Camila Barroso, a patroa de Geovana, foi presa em Manaus na noite de quarta (28). A polícia informou ter conseguido várias provas que a colocam como principal suspeita de envolvimento na morte da jovem. Um dos indícios destacados pela investigação é uma foto em que Geovana aparece com marcas de tortura pelo corpo, aparentemente na casa onde ela morava com Camila. A polícia acredita que a babá pode ter sido morta no imóvel.

Eduardo Gomes da Silva está sendo procurado pela polícia como suposto cúmplice de Camila no assassinato.

A Polícia Civil divulgou na tarde desta quinta-feira (29) a imagem de Eduardo, procurado por suspeita de envolvimento na morte da babá.

De acordo com a delegada Marília Campello, o veículo usado para deixar o corpo da vítima no bairro Tarumã pertencia a Eduardo, que é filho da proprietária da casa onde Camila morava.

“O carro pertencia a Eduardo e já havia sido vendido para outra pessoa. Porém, o suspeito emprestou o veículo e devolveu após o desaparecimento de Geovana. O carro foi entregue higienizado ao novo proprietário, que já prestou depoimento e o automóvel será submetido a perícia”, explicou a delegada Marília Campello.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.