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Homem que invadiu creche e matou quatro crianças em Blumenau (SC) é condenado a 220 anos

Na ocasião, o homem invadiu uma creche com 40 crianças com um machado em mãos

O julgamento aconteceu nessa quinta-feira (29)

O homem que invadiu uma creche e matou quatro crianças em Blumenau, Santa Catarina, em março de 2023, foi condenado a 220 anos de prisão em regime fechado, em júri popular, nesta quinta-feira (29). O réu recebeu a pena por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado, e não pode recorrer em liberdade.

As qualificadoras são: motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos. Na audiência que aconteceu sob um esquema forte de segurança e restrições estabelecidas pelo Poder Judiciário, o réu confessou os crimes em um depoimento que durou cerca de 10 minutos.

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Para garantir a segurança dos presentes, foi preciso estabelecer um procedimento diferente. No dia da audiência, a rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, ficou fechada no início e ao final do julgamento. Além disso, apenas familiares das vítimas e do réu tiveram acesso ao júri, sem a presença de público externo.

Pouco antes do início da sessão, familiares das vítimas e funcionários da creche formaram uma roda e fizeram orações em frente ao fórum.

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Relembre o caso

Um homem invadiu uma creche em Blumenau (SC) e matou quatro crianças no dia 5 de março de 2023. O suspeito, com 25 anos na época, pulou o muro do Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor armado com um machado e golpeou as crianças. Em seguida, foi até um batalhão da PM e se entregou.

As vítimas, mortas com um machado, são Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabst da Cunha, de 4 anos, Larissa Maia Toldo, de 7 anos, e Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos. Outras cinco crianças ficaram feridas e outra em estado grave. No momento do ataque, 40 crianças estavam na creche

Na época do ocorrido, o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar de Blumenau, Márcio Alberto Filippi, explicou que as crianças brincavam em um parquinho na instituição quando o homem estacionou a moto, pulou o muro e golpeou as vítimas aleatoriamente. Quando as professoras perceberam o crime, o assassino pulou de volta para a rua e foi até a sede do batalhão.


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.