A Mpox (monkeypox), antigamente conhecida como Varíola dos Macacos, voltou a ser alvo de recomendações pela Organização Mundial de Saúde (OMS) nessa semana. O alerta foi acionado depois da rápida propagação da variante mais contagiosa na República Democrática do Congo e de confirmação de casos na Europa.
Nessa quarta-feira (21), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil está no nível 1 de emergência, mas reforçou que isso é apenas um sinal de alerta. Não há indícios de que variante mais grave do vírus chegou ao país. Ou seja, não é preciso que a população entre em pânico diante da situação.
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“Trata-se de alerta e é muito importante frisar isso, mas não de uma situação que devemos ter alarme, no sentido de uma pandemia”, ponderou a ministra.
Ao portal da Universidade de São Paulo (USP), o professor Expedito Luna, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da universidade, explica o Brasil está tomando precauções e a vacinação contra a varíola oferece proteção cruzada contra a Mpox, por isso o País está priorizando a imunização de profissionais de saúde que lidam com casos suspeitos. Ele conta que, embora a vacina seja limitada, o número de casos de infecção pelo vírus caiu significativamente desde seu pico em 2022.
“No momento, não há indícios de que o clado 2 tenha chegado ao Brasil, mas as autoridades de saúde permanecem vigilantes e a população deve seguir as orientações das autoridades para buscar atendimento médico caso apresentem sintomas compatíveis com a Mpox, como lesões de pele que evoluem para bolhas e crostas. A recomendação é que a população mantenha a calma e continue acompanhando as orientações das autoridades sanitárias. Em caso de sintomas é crucial procurar um serviço de saúde para diagnóstico e orientação adequada”, finaliza o especialista.