Um homem foi preso em Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, após matar sua ex-mulher, Vitória da Conceição Pereira, de 23 anos, com um milkshake envenenado. Imagens de câmeras de segurança gravam o exato momento em que Deivid Nascimento Santana, de 30 anos, compra o lanche e logo depois entrega nas mãos do empresário que deixou a comida com a jovem. Deivid foi encontrado e preso em Rio das Pedras, Zona oeste do Rio, nessa terça-feira (6).
De acordo com a Polícia Civil, Deivid Nascimento Santana, primeiro chegou sozinho a lanchonete. Logo depois ele encontrou um homem, apontado como Jerry, a quem pediu que entregasse o lanche para Vitória. Nas imagens, é possível ver ele com a bebida na mão, já que ela ficou pronta primeiro. Ainda no local, ele deixou Jerry esperando uma porção de batatas fritas e saiu do estabelecimento com o milkshake na mão.
Durante esse momento, o suspeito teria saído do local e ido sozinho a um sobrado com a bebida. A PC investiga, agora, se o veneno de rato foi colocado na bebida durante essa ação.
Como Deivid agiu
Segundo o delgado do caso, Bruno Gilaberte, Deivid se passava por outra pessoa, usando o nome de Leandro e contou a outros dois homens com quem trabalhava, que a ex-companheira estava precisando fazer uma faxina para ganhar dinheiro, já que a jovem estaria desempregada. O suspeito perguntou ainda se eles poderiam ajudar Vitória nisso. Durante a faxina, Daivid disse que iria pedir a mulher em casamento.
“Foi com essa conversa que ele conseguiu convencer o Jerry e o Cafu, se eles podiam contratar a ex-namorada”, explicou o delegado a Itatiaia. Segundo a investigação, como tinha uma medida protetiva e não podia se aproximar da vítima, Deivid usou essas outras duas pessoas para entregar a bebida envenenada. Sendo o dono de uma casa para onde foi contratada uma faxina que seria feita pela vítima e o outro fez a ponte entre a vítima e o dono da casa.
“R$ 250,00 que seria pago pela faxina e a partir dai ele pediria ela em casamento. Então foi com essa história que ele conseguiu convencer as pessoas”, disse o Delegado Bruno Gilaberte.
Deivid usou nome falso
Ainda conforme o delegado, Deivid se apresentou como Leandro. No momento, o caso foi investigado e o homem chamado Leandro seria um amigo do suspeito, que morou com ele em Maricá.
“O Deivid já tinha usado esse nome de Leandro para aplicar outras fraudes. Esse Leandro existe e dava abrigo pro Deivid, que saiu fugido de Maricá. Após analisar o celular do Leandro (que não sabia que Deivid usava o nome dele para praticar o crime) a polícia encontrou uma mensagem escrito “Melissa”, que os agentes acreditam ser a grafia incorreta de milícia. Ou seja, já sabiam que ele tinha fugido para uma área de milícia. Ainda durante a investigação, no celular de Leandro, os agentes encontraram a instalação de um App do Uber e verificaram que era uma instalação recentemente e que só tinha uma viagem, que era justamente a viagem feita pelo Deivid a Rio das Pedras”, disse ele.
Medida protetiva
Segundo a investigação, como tinha uma medida protetiva e não podia se aproximar da vítima, Deivid usou outras duas pessoas para entregar a bebida envenenada. Uma delas era o dono de uma casa para a qual foi contratada uma faxina que seria feita pela vítima. Outro fez a ponte entre a vítima e o dono da casa.
Para a polícia, a principal suspeita é de que o homem tenha premeditado a morte de Vitória e a atraído para uma emboscada com uma suposta oportunidade de faxina. Vitória da Conceição Pereira, de 23 anos, morreu na madrugada dessa segunda (5), após ficar internada com fortes suspeitas de envenenamento. Ela começou a passar mal depois de consumir o lanche.