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PC investiga denúncia de que traficantes do RJ agora usam drones com explosivos contra rivais

O ataque seria entre traficantes do Complexo de Israel, dominado pelo Terceiro Comando Puro, e bandidos do Comando Vermelho no Morro do Quitungo

Moradora do Quitungo, no RJ, divulga vídeo mostrando um drone com explosivo que teria caído no terraço de sua casa

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a denúncia de que traficantes de comunidades da Zona Norte estariam usando drones com explosivos acoplados para atacar facções rivais.

O ataque estaria ocorrendo entre traficantes do Complexo de Israel, que reúne cinco comunidades dominadas pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), e bandidos do Morro do Quitungo, que pertence ao Comando Vermelho (CV).

Imagens que teriam sido gravadas pelos próprios bandidos mostram os criminosos monitorando os alvos antes de lançar as granadas no Morro do Quitungo. O ataque teria ocorrido na terça-feira (2).

A gravação mostra que o drone levava uma granada, que é balançada de um lado para o outro, até cair perto de um ponto de venda de drogas. Na ocasião, cinco homens ligados ao tráfico de drogas ficaram feridos com estilhaços.

A Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) analisa as imagens para identificar os responsáveis e entender se de fato traficantes estariam usando drones para monitorar e atacar facções rivais.

Nas redes sociais, uma moradora do Quitungo divulgou um vídeo mostrando um drone com explosivo que teria caído no terraço de sua casa. Ela acusou o tráfico da Cidade Alta pelo crime. “Bandido da Cidade Alta, tá me entendendo? Jogou uma granada aqui na minha casa, em cima do meu terraço. Tenho um filho especial, tenho três crianças dentro da minha casa, isso é uma covardia”, diz ela na gravação.

A Cidade Alta é uma das cinco comunidades que compõem o Complexo de Israel e tem como chefe o traficante conhecido como Peixão, um dos bandidos mais procurados do estado. Peixão, que se autodenomina “escolhido por Deus”, no último fim de semana, proibiu que igrejas católicas realizassem missas na região. Em 2019 ele já tinha proibido cerimônias de matriz africana na comunidade e destruiu alguns terreiros.

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Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.