Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, o suspeito de matar a facadas Sophia Ángelo, de 11 anos, que foi encontrada morta em uma lixeira no Rio de Janeiro, prestou depoimento a polícia e confessou o crime, além de contar o porquê cometeu o assassinato.
Em um vídeo divulgado, pela TV Record, o homem confessou que a criança teria o provocado sexualmente.
“Quando ela chegou perto de casa, ela pediu R$ 15. Ai, eu abri o portão de casa, fui lá na minha carteira que estava em cima da mesa, peguei e ela já entrou. Pô, me dá R$ 50 aí que eu deixo você fazer mais coisa. Ela pegou e falou na minha cara mesmo, assim. Tu não me dá esses R$ 50 e eu vou ali, falar com os caras ali. Era 50 metros do meu portão para os caras”, disse ele.
Ainda
“Que eu estava ali para tentar abusar dela, essas coisas. Então, ali eu já comecei a entrar em desespero. Ela pegou a mochila dela da escola e jogou no meu sofá", continuou ele.
O pai da menina, Sofia Ângelo, reconheceu o suspeito como sendo o irmão da ex-companheira dele. Edilson Amorim dos Santos Filho foi preso após o familiar o identificar nas imagens do circuito de segurança que mostram a vítima ao lado dele.
Já a namorada de Edilson disse, em depoimento, que ele foi à
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Ela contou que não sabia que o Edilson, que trabalhar de pedreiro, havia matado a menina e que nunca notou nenhum comportamento estranho do homem em relação a crianças. Ela ainda contou que Edilson bebia muito e era agressivo.
Após a morte de Sophia, outra suposta vítima de Edilson decidiu formalizar uma denúncia de abuso contra o pedreiro. A estudante de 23 anos, contou que é da família do suspeito e que tinha 16 anos quando foi abusada por ele.
“Na época não quis registrar a ocorrência, pois como não havia acontecido penetração, pensei que não fosse dar em nada”, afirmou à polícia.
Família suspeita de abusos anteriores
O pai de Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, encontrada morta dentro de uma lixeira no Rio de Janeiro, encontrou o
“Ela colocou as possíveis mortes lá e dizia homicídio e estupro. Toda a morte que ela teve, ela já sabia de alguma forma que isso aconteceria. Eu não sei há quanto tempo isso estava lá. Foi meu filho e minha esposa que encontraram. Hoje eu sou um pai acabado. Ele não tinha esse direito”, lamentou o pai em entrevista à imprensa durante o velório de Sophia.
Família da pequena Sophia Ângelo encontrou um diário em que a menina escrevia os tipos de “morte que eu sofreria”.
Com o achado, a família suspeita que a menina já estava sendo vítima do abusador há mais tempo. No dia em que o corpo de Sophia foi encontrado, os parentes da menina foram até a delegacia. Lá, uma sobrinha do suspeito revelou que havia sido abusada pelo tio quando tinha 16 anos. Hoje, com 22, ela conta que a mãe não denunciou o crime na época para poupar a avó, que já era de idade.
O crime
Na segunda-feira (27), Sophia Ângelo, de 11 anos, seguia para escola a pé, no bairro Moneró, na Ilha do Governador, quando desapareceu. Ao descobrir que a filha não tinha tinha ido a aula, o pai da vítima comunicou o desaparecimento da menor a polícia, relatando que ela foi para a escola por volta das 7h, mas não chegou ao seu destino.
Ele refez o trajeto da criança e conseguiu uma imagem de uma câmera de um comércio onde mostra Sophia ao lado de um homem. Ao ver as imagens, o pai da menina reconheceu que o homem preso é irmão de uma ex-companheira dele.
Vídeo mostra últimos momentos de criança estuprada e assassinada ao lado de suspeito do crime
Horas antes de Edilson ser preso, a polícia encontrou o corpo de Sophia na caçamba de um caminhão de lixo, enrolado em uma lona, com mãos e pés amarrados com fios e com diversas lesões.
Edilson foi localizado na madrugada de terça-feira (28), na casa da mãe e levado à delegacia. Durante perícia na casa do suspeito, os agentes da delegacia da 37ª DP (Ilha do Governador) encontraram uma faca e uma chave de fenda torta, escondida em um buraco e com indícios de sangue, além de vestígios de sangue no banheiro.
Na delegacia, o acusado confessou a autoria dos crimes, afirmando que chegou a passar a mão na vítima. Ele contou que usou uma faca que possuía em casa para matar a menina, para evitar que ela contasse sobre o fato para alguém.
Após cometer o assassinato, o acusado disse ainda que amarrou as mãos e os braços da vítima com fios elétricos e enrolou oc orpo da criança em uma lona azul e depois, utilizando um carrinho de obras, colocou o corpo em uma caçamba de lixo compactadora.