O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB-RS), atualizou a situação da capital gaúcha, na noite deste sábado (4), em entrevista à Itatiaia. Segundo o chefe do executivo municipal, a situação na cidade “continua dramática”, com rodovias interditadas, cidades da região metropolitana inteiras debaixo d'água e diques que ainda podem se romper.
Entre as principais preocupações está em garantir água para toda a população e oxigênio para os hospitais da cidade.
“Hoje consegui adquirir oxigênio na cidade de Guaíba e consegui com o Exército e a Aeronáutica um helicóptero para buscar esse oxigênio. Eu tenho estoque de oxigênio ara Porto Alegre somente até o final de domingo (5). Nós estamos trabalhando para que isso (falta de oxigênio) não aconteça. Até porque, na nossa cidade vizinha Canoas faltou oxigênio e morreram várias pessoas”, afirmou o prefeito.
Melo afirma que cinco mil pessoas estão abrigadas em 14 pontos montados pela prefeitura pela capital gaúcha. Agora, o
“Nós estamos com um problema de água sério porque a maioria dessas bombas que tratam água, elas não tratam a água submersamente. Isso significa que quando o rio está cheio, você tem que desligá-las sob a pena de tudo pegar fogo. Aí você vai levar 10, 15 dias para botar água de nova. Estamos numa governança feroz para botar caminhões pipa em hospitais, em asilos e nas casas geriátricas”, ressalta.
O prefeito ainda explicou por que Porto Alegre está passando pela
“Nós temos o rio Guaíba que é abastecido por dezenas de rios espalhados pelo estado. O rio que tem maior vazão está a 300 km de Porto Alegre. Você imagina que na cabeceira desse rio choveu 600 mm por m², às vezes 800 mm. Então, essa água vem descendo. Às vezes ela demora dois dias, três dias. Nós temos uma cota de inundação no centro da cidade de três metros e nós já estamos aqui com 5,20 metros nesse momento (nível do rio Guaíba)”, explicou Melo.