O Brasil registrou o primeiro
A cólera é
Vacina não está disponível no Brasil
A vacina contra a cólera também é uma importante forma de prevenção da doença. Porém, os imunizantes não estão disponíveis em todos os países. Eles são reservados para as localidades onde há um grande número de contaminados.
“A vacina é muito eficaz. Ela tem uma ação em torno de 80% a 85% de proteção. Só que é uma vacina em que o efeito diminui muito ao longo do tempo. Então, ela requer uma vacinação frequente, até com períodos mais curtos. Por isso, atualmente é uma vacina indicada para populações onde há um surto de cólera, ou regiões com casos endêmicos e frequentes. Ela não é uma vacina aplicada de rotina em locais onde não tem casos significativos aí da doença”, explica o infectologista Cristiano Galvão, da Oncoclínicas.
Apesar da
"[A confirmação] gera uma preocupação porque a gente já estava há um tempo sem ter casos de cólera confirmados. Com esse primeiro caso, realmente acende o alerta para focarmos na questão do saneamento básico. Mas é muito precoce falar em risco de surto. Isso serve para a gente ficar atento e tentar identificar como aconteceu a contaminação para impedir que a doença se alastre”, afirma.
OMS aprova imunizante oral
Na última sexta-feira (19), a Organização Mundial da Saúde (OMS)
“A nova vacina é o terceiro produto da mesma família de vacinas que temos para a cólera em nossa lista de pré-qualificação da OMS”, disse Rogério Gaspar, diretor do departamento de regulação da agência de saúde da ONU.
Segundo a OMS, houve uma explosão dos casos de cólera nos últimos anos em todo o mundo. Em 2022, a organização registrou 473 mil, o dobro de 2021. Segundo dados preliminares, houve 700 mil casos em 2023. Atualmente, 31 países reportam casos de cólera e a região africana é a mais afetada.
O recente aumento da demanda por vacinas causou uma escassez do produto. Para combater a doença, a OMS passou a recomendar uma dose da vacina, ao invés de duas.