A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, presa após
Érika levou o cadáver de Paulo Roberto Braga, de 68 anos - ou “Tio Paulo” - para tentar sacar um empréstimo pré-aprovado no valor de R$ 17 mil, em uma agência em Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense. A mulher responde por furto e
Ao G1, o delegado Fábio Luiz da Silva Souza, titular da 34ª DP (Bangu), afirmou que irá pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário do idoso. A polícia quer, com isso, traçar o perfil de Paulo.
“Dentro do shopping, tem uma sequência de imagens, que ali também ele já aparenta estar morto. E ainda assim, ela pegou a cadeira de rodas e foi para dentro do banco com o objetivo de tirar o dinheiro que lá estava, tentando levar todo mundo ao engano, porque ela segurava a cabeça dele e fingia conversar com ele”, afirmou.
Prisão preventiva
A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, em
Durante a sessão, a defesa da mulher, representada pela advogada Ana Carla de Souza Côrrea, pediu a liberdade provisória de Érika. A defesa alega que a suspeita tem uma filha de 14 anos com deficiência e que precisa cuidar dela. Porém, a pedido do Ministério Púbico do Rio de Janeiro, a juíza Rachel Assad da Cunha
Com base nos vídeos, a magistrada observou que era Érika quem desejava fazer o empréstimo, embora o dinheiro não fosse dela. Ela também notou que Érika parecia
“O foco principal não é determinar o momento exato da morte, algo que nem mesmo o exame de necropsia conseguiu esclarecer. A questão é determinar se o idoso, nessas circunstâncias, mesmo estando vivo, seria capaz de expressar sua vontade. Se ele já estivesse morto, obviamente não seria possível. No entanto, mesmo se estivesse vivo, era evidente que ele não tinha condições de expressar qualquer vontade, estando completamente incapacitado”, escreveu a juíza.
A magistrada também observou que o laudo de necropsia não determinou o momento exato da morte do idoso. Ela destacou que, embora Érika possivelmente não tenha percebido o momento exato da morte, era evidente que o idoso não estava bem. Várias pessoas que viram Érika e o senhor Paulo ficaram chocadas com a situação.
Pedido de Habeas Corpus
Nesta sexta (19), a
“Não existem mais fundamentos para a manutenção da prisão uma vez que os indícios se baseiam apenas em um clamor público de que Érika havia levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe do empréstimo, o que não é verdade”, diz o documento.
*Com informações de Diana Rogers