A ex-assessora de Marielle Franco, que estava no mesmo carro da vereadora na noite em que ela e o motorista Anderson Gomes foram mortos, em março de 2018, se pronunciou após a prisão de três suspeitos de envolvimento no crime. Fernanda Chaves classificou a morte de Marielle como ‘o maior atentado político do Brasil desde a redemocratização’
Em comunicado enviado à imprensa, a jornalista afirmou que a execução de Marielle e Anderson ‘descortina a bizarra situação do Rio de Janeiro, absolutamente carcomido em sua institucionalidade e na atuação de organizações criminosas. Fernanda Chaves confessou como se sente neste dia de avanço no caso Marielle.
‘Revolta talvez seja a palavra que mais proximamente possa resumir o sentimento do dia de hoje. Marielle Franco não merecia. O Rio de Janeiro não merecia. O Brasil e o mundo não mereciam. Marielle Franco apenas cumpria (sim, com todo afinco, firmeza e dedicação que lhes eram característicos) a missão pela qual batalhou: defender, lutar pelos direitos daqueles e daquelas que fazem uma cidade acontecer: os trabalhadores’
Seguimos, agora, na luta pela devida responsabilização dos envolvidos nesse assassinato, mas também na luta para que o estado do Rio de Janeiro supere o caos a que está submetido, que impacta sobretudo a população mais pobre, subjugada pela atuação de grupos criminosos que dominam quase a totalidade do território fluminense
Viúva de Marielle sobe o tom e fala em ‘conivência’
Ao lado de Ágatha Amaus, Mônica Benício subiu o tom e afirmou que a Polícia Civil ‘não foi só negligente, mas conivente’ com o assassinato de sua esposa, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes. Emocionada, ela relembrou que Rivaldo Barbosa prometeu que o caso seria solucionado ‘o mais rápido possível’ e disse que as prisões ainda não são fecham a investigação.
‘O nome de Rivaldo Barbosa, sem dúvida, foi uma grande surpresa. Em especial considerando que ele foi a primeira autoridade que recebeu a família, no dia seguinte, dizendo que seria prioridade da Polícia Civil a elucidação desse caso. Hoje, saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu dizendo que o caso era prioridade tem envolvimento nesse mando é para nós entendermos que a polícia não foi só negligente, mas especial que foi conivente por todo esse tempo sem solucionar o caso’.