Após recuperação judicial da 123milhas, veja como recuperar passagens ou pedir indenização

A Defensoria Pública de Minas Gerais publicou, nesta sexta-feira (1º), um comunicado para orientar os clientes da 123milhas que pretendem ir atrás dos seus direitos para recuperar o dinheiro gasto em passagens compradas na empresa ou pretendem pedir uma indenização por danos morais.

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O órgão explica que, com o pedido de recuperação judicial da 123milhas, todos os pedidos judiciais para emissão de passagens, agendamento de hotéis ou qualquer outro serviço da empresa ficam inviabilizados, já que a recuperação judicial impede o pagamento de dívidas e suspende, por 180 dias, execuções ou bloqueio de patrimônio.

Desta forma, a Defensoria Pública de Minas Gerais deu duas orientações diferentes para clientes que querem recuperar o dinheiro gasto em pacotes ou fazer questão de ressarcimento por danos morais:

• Para recuperar o dinheiro gasto em passagens: habilitação, na recuperação judicial, em momento oportuno, dos créditos relativos aos pagamentos feitos à empresa;

• Para quem deseja pedir indenização por dano moral à 123milhas: tomar as providências para o ajuizamento das ações individuais de indenização para futura habilitação dos créditos também na recuperação judicial.

Além disso, a Defensoria vai entrar em contato com todos os que foram atendidos no posto itinerante montado na porta da 123milhas em Belo Horizonte para prestar orientações. Os créditos em relação ao prejuízo ou às indenizações serão emitidos durante a recuperação judicial mas, normalmente, são os últimos a serem pagos por empresas nesta situação.

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Crise na 123milhas

A agência de viagens 123milhas surpreendeu milhares de clientes na última sexta-feira (18) após anunciar o cancelamento de pacotes de viagens promocionais, que atraíam muitas pessoas pelo preço baixo. A decisão revoltou clientes e fez a empresa pular rapidamente para o 1º lugar no ranking de empresas mais “denunciadas” do portal ReclameAQUI.

Na última terça-feira (29), a 123milhas um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. No pedido, a empresa afirma que enfrenta a “pior crise financeira de sua história” e alega que “fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. O pedido foi aceito pela Justiça nesta quinta-feira (31). Confira os detalhes do pedido.

Advogados ouvidos pela Itatiaia afirmam que a empresa não pode oferecer apenas vouchers como forma de reembolso para os clientes e explicam que os consumidores têm o direito ao ressarcimento em dinheiro. Veja quais são os seus direitos.