O ouvidor das Polícias de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, registrou pela segunda vez um boletim de ocorrência desde o início da Operação Escudo, na Baixada Santista. Ele denunciou supostos abusos cometidos por policiais nas ações que deixaram 16 mortos no litoral paulista.
A informação foi divulgada pelo portal g1 na segunda-feira (14). Os boletins foram registrados nos dias 2 e 9 de agosto. No episódio mais recente, o boletim foi registrado por constrangimento ilegal após um homem ligar na recepção do prédio da Ouvidoria e perguntar sobre modelo, cor e placa do carro usado por Silva.
Conforme o registro, a pessoa não se identificou e também perguntou sobre a agenda do ouvidor, questionando se ele voltaria para o prédio do órgão naquele dia. A funcionária não passou as informações.
Em 2 de agosto, Silva recebeu um print de mensagem de um grupo de WhatsApp, chamado “Polícia Penal Assuntos”, no qual havia mensagens racistas e de ameaça de morte.
Silva disse ao g1 que não se sente intimidado e que acredita que os episódios têm relação com a atuação sobre a Operação Escudo. O ouvidor divulgou denúncias de relatos de tortura e execução supostamente cometidos por policiais durante a operação.