No mesmo dia em que o governo federal informou o encerramento do programa nacional de escolas cívico-militares, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que vai criar um programa próprio e aumentar o número de unidades no Estado. O anúncio foi feito na página do governador no Twitter, na noite de quarta-feira (12).
“Fui aluno de colégio militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o estado”, afirmou.
O programa, que era uma das prioridades do governo Jair Bolsonaro, foi criado em 2019. Nesses colégios, a parte pedagógica é de responsabilidade de educadores civis, enquanto a gestão administrativa fica por conta dos militares.
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou um ofício aos secretários estaduais de educação informando a desmobilização das Forças Armadas dos colégios. De acordo com o Censo Escolar, o país tem 178,3 mil escolas públicas, sendo que as cívico-militares representam 0,1% do total.
Mesmo com a decisão do governo federal, outros governadores também afirmaram que manterão o modelo, casos de Ratinho Junior (PSD), no Paraná, e de Claudio Castro (PL), no Rio de Janeiro.