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‘Se você está perdido, nós também!’, disse piloto durante passeio ao Titanic em 2022

Repórter dos EUA fez relato sobre viagem impressionante sobre passeio em submarino em 2022: “muitas das peças pareciam improvisadas”

Submarino está desaparecido desde segunda

O repórter David Pogue, da emissora estadunidense CBS, fez um relato impressionante sobre o passeio aos destroços do Titanic feito em 2022, no mesmo submarino que está desaparecido desde segunda-feira (19). O jornalista disse que as peças pareciam “improvisadas, como MacGyver” e ainda deu detalhes assustadores sobre o modo como a viagem ao fundo do mar é feita.

Em entrevista ao programa Sunday Morning, David disse que o submersível é pilotado por meio de um “controle de videogame” e que o GPS do veículo não funciona no fundo do oceano. As coordenadas são passadas por tripulantes do navio, que estão a milhares de metros acima dos passageiros.

“Não há GPS debaixo d'água, então o navio de superfície deve guiar o submarino até o naufrágio enviando mensagens de texto. Rush (CEO da OceanGate) relembrou: “Eu perguntei: ‘Você sabe onde estamos?'; ‘100 metros até a proa, depois 470 até a proa. Se você está perdido, nós também estamos!’”

‘Peças improvisadas’

O repórter da CBS disse que a primeira impressão que teve ao ver o submarino não foi das melhores. “Muitas das peças pareciam improvisadas. Parece que o submersível tem alguns elementos do MacGyver.”

Stockton Rush, CEO da empresa responsável pelo passeio, respondeu ao repórter que não falaria em “MacGyver” em relação ao submarino, mas disse que “todo o resto pode falhar, exceto o tampão de pressão”, desenvolvido pela Nasa.

No fundo do mar

A expedição para ver os destroços do Titanic começou a descida no domingo (18) sainda da Terra Nova de St. John, no Canadá, que tem uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, distante cerca de 1448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA.

O submarino perdeu contato com a tripulação do Polar Prince, o navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida, segundo autoridades.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.