O jovem de 19 anos agredido por seguranças em um supermercado do grupo Carrefour, em Salvador, após furtar quatro pacotes de leite em pó, prestou queixa nessa quinta-feira (11).
Durante o depoimento, o jovem disse que furtou o lei em pó para dar ao filho de 1 ano e que ele e a esposa estão em dificuldades financeiras. O jovem é padrasto da criança. O caso, registrado por testemunhas em vídeo, aconteceu no Big Bom Preço (que pertence ao Grupo Carrefour) no bairro São Cristóvão, na última sexta-feira (5).
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Nas imagens que circulam nas redes sociais, o jovem aparece sentado no chão e a esposa, em pé, ao lado dele. O vídeo, que tem duração de 34 segundos, mostra o jovem e a esposa sendo agredidos com tapas, enquanto eram questionados pelos seguranças.
“Não sou ladrão, não”, disse o jovem enquanto era agredido e chamado de “desgraça” pelas seguranças que teriam visto o furto e levaram o casal para um estacionamento, onde começaram as agressões. O jovem disse à polícia que eram seis seguranças armados. As informações são do site UOL.
O jovem deu detalhes das agressões e disse que os seguranças mandaram ele sentar no chão, momento em que passou a ser agredido com “murros na cabeça e nas costelas”, com “chute na costela”, “arranhões no pescoço”. Aos policias ele disse, ainda, que foi espancado com uma barra de ferro na cabeça e na perna.
Nota
Em nota divulgada nas redes sociais, no dia 6 de maio, o Carrefour afirmou que tomou conhecimento de “uma agressão inaceitável ocorrida em uma loja do Big Bompreço, uma das redes que fazem parte do nosso grupo. Ainda, por meio de nota, o Carrefour esclareceu que “pelas características identificadas no vídeo, é possível afirmar que o agressor que aparece nas imagens não é funcionário da loja.”
“Estamos tomando todas as medidas a nosso alcance para que esse crime não fique impune, e esperamos que as imagens permitam a identificação de todas as pessoas envolvidas.”
O contrato com a empresa responsável pela segurança da loja foi rescindido pelo Carrefour. “Um crime como esse precisa ser investigado e os autores punidos exemplarmente pelas autoridades competentes.”