“Está tudo muito difícil. A minha dor maior é que não foi um acidente, foi um erro cometido por profissionais que estudaram para isso. E esse erro mudou a minha vida.”
O desabafo, à reportagem da Itatiaia, é da jovem de 24 anos que teve
A mulher chegou ao Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, em 9 de outubro de 2022. O bebê nasceu de parto normal no dia seguinte, saudável e com pouco mais de 3kg.
Veja a entrevista:
Hemorragia
A jovem sofreu uma hemorragia após o parto e, por causa da complicação, precisou ser medicada por meio de um acesso venoso colocado na mão esquerda. Durante o procedimento, a jovem relatou ter sentido muita dor e incômodo no membro, que ficou roxo e inchado.
O quadro de saúde da mulher se agravou e ela foi transferida para outro hospital da mesma rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A mãe da vítima relatou que a única coisa feita pelos médicos, enquanto a mão da filha ficava roxa e inchada, foi colocar uma bolsa com gel quente no membro.
Três dias depois do nascimento do bebê, a paciente recebeu a notícia de que teria que amputar a mão. De acordo com familiares, a jovem passou 17 dias internada e não recebeu uma explicação devida do hospital sobre o acontecido.
“Quando ele era mais novo, eu tinha até medo de machucá-lo. Eu não conseguia dar banho nele sozinha”, relatou a jovem. Ela ainda se preocupa como será o retorno para o trabalho após a licença maternidade. Há um ano, ela ganhou uma promoção. “Eu trabalho com as minhas duas mãos e eu não posso mais”, acrescentou.
A advogada da jovem entrou na Justiça contra a unidade de saúde. “Eu quero que a justiça seja feita e que quem cometeu o erro pague. Além de dinheiro, é por justiça porque o que fizeram comigo podem fazer com outras pessoas. É um absurdo”, falou.
Hospital ‘lamenta’
Em nota, o Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá lamentou o ocorrido e relatou que se solidariza com a vítima. Ainda, a unidade afirmou que vai apurar o caso e os procedimentos médicos que envolveram a paciente.
O caso foi registrado na 41ª Delegacia de Polícia Civil como lesão corporal culposa e está sendo apurado.
(com informações de Maria Clara Lacerda)