O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo Ferreira, afirmou, que “quem cometeu crime será responsabilizado”. A fala aconteceu após manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrarem cerca de dez veículos que estavam estacionados em frente ao prédio da Diretoria-Geral da Polícia Federal (PF), na Asa Norte de Brasília, nessa terça-feira (12).
Na noite de ontem, houve tentativa de invasão a um prédio da Polícia Federal. Carros e ônibus foram incendiados. Para conter os manifestantes, agentes da Polícia Federal usaram bombas e gás de pimenta.
Os atos ocorreram depois do cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há registro de feridos.
“Quem for identificado será responsabilizado. Não será admitido que se continue com atos de vandalismo na cidade, ou seja, vamos atuar para isso não voltar a ocorrer. Caso venha alguém tente cometer ato de vandalismo, será responsabilizado e reprimido de acordo com a lei. Quem cometeu esse crime será responsabilizado, onde quer que esteja. Essas pessoas serão alcançados”, ressaltou Júlio Danilo.
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“Prontamente, a Polícia Militar e a Polícia Civil responderam a essas agressões no intuito de reestabelecer a ordem, como agora, nesse momento, já foi reestabelecido. A polícia está nas ruas, continuaremos nas ruas, como já foi dito pelo ministro. Os crimes que foram acometidos serão apurados e os responsáveis serão responsabilizados”, enfatizou.
Em entrevista coletiva ontem à noite, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que todos os bolsonaristas radicais envolvidos nos atos de vandalismo serão punidos.
“Nós tivemos o cumprimento de uma ordem judicial em relação a um caso desses manifestantes que confundem a liberdade de expressão com cometimento de crimes. E esta confusão de uma vez por todas tem que cessar. Infelizmente, o cumprimento da ordem judicial resultou em mais atos de violência. As medidas de responsabilização irão prosseguir. Não há nenhuma hipótese de haver passos atrás na garantia da lei, da ordem pública em razão de violência”, ressaltou Flávio Dino.
Entenda
Segundo a Polícia Federal, Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no centro de compras Park Shopping e na Esplanada dos Ministérios e, também, em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O ministro da Justiça, Anderson Torres, declarou pelas redes sociais serão apurados e esclarecidos.
Segurança de Lula
Em meio à confusão, o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva seguiu para o hotel em que está hospedado na capital federal e a segurança foi reforçada no local. Antes do tumulto, houve a cerimônia de diplomação do presidente eleito do vice-presidente Geraldo Alckmin, no Tribunal Superior Eleitoral.
“Em nenhum momento o presidente Lula foi exposto a qualquer risco. O presidente Lula, nesse momento, está em absoluta segurança e assim prosseguirá até a o momento da posse e até portanto o pleno exercício das suas funções”, afirmou Flávio Dino.