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Fábrica da Bassar é reaberta dois meses após recall de petiscos contaminados

Empresa foi interditada no dia 2 de setembro; Bassar diz que a segurança dos produtos foi atestada pelo MAPA

Produtos da Bassar voltaram a ser comercializados após quase dois meses de interdição

Quase dois meses após ser interditada, a fábrica da Bassar Pet Food, em Guarulhos, no Estado de São Paulo, voltou a operar. O local foi interditado no dia 2 de setembro deste ano após a contaminação de petiscos e reaberto no fim de outubro. À época, a empresa precisou fazer recall de todos os produtos - que seriam responsáveis pela morte de cães.

Em nota enviada à Itatiaia, a empresa voltou a esclarecer que adquiriu propilenoglicol contaminado com etilenoglicol da Tecnoclean. Outras empresas de produtos para cães, que também adquiriram o insumo, precisaram recolher lotes de petiscos contaminados - da mesma forma que a Bassar.

Neste período, segundo a empresa, foram contratados consultores e peritos para validarem a linha de produção. “Todos os processos estão sendo revistos para atenderem as mais altas normas de qualidade e segurança na produção de alimentos. A empresa está ainda em fase de implementação das melhorias para voltar a disponibilizar os seus produtos no mercado”, disse.

A produção e normas de segurança, conforme a Bassar, foram atestadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Vale lembrar que outras 10 empresas fabricantes de alimentos pet e humano também tiveram as suas linhas de produção interditadas pelas autoridades por terem comprado esse mesmo insumo contaminado da Tecnoclean”, acrescentou a empresa.

A Bassar explicou ainda que, devido ao fechamento temporário, “sofreu forte impacto em suas receitas e foi obrigada a reduzir sua equipe de colaboradores em aproximadamente 70%”.

“A Bassar Pet Food também está oferecendo assessoria veterinária para todos os consumidores que entram em contato com o seu SAC e o suporte necessário a todos seus consumidores”, concluiu.

Veja a nota na íntegra:

“A Bassar Pet Food esclarece que voltou a operar no final de outubro, após as autoridades competentes realizarem extensa auditoria na fábrica e constatarem que a contaminação por etilenoglicol teve origem no insumo propilenoglicol adquirido da empresa Tecnoclean, de Minas Gerais. O MAPA também atestou que o processo de produção da Bassar segue todas as normas de qualidade e segurança e habilitou a empresa a retomar a produção.

Vale lembrar que outras 10 empresas fabricantes de alimentos pet e humano também tiveram as suas linhas de produção interditadas pelas autoridades por terem comprado esse mesmo insumo contaminado da Tecnoclean.

A Bassar está incrementando seus processos de qualidade e segurança na produção de alimentos, contratou consultores e peritos para validarem a sua linha de produção. Todos os processos estão sendo revistos para atenderem as mais altas normas de qualidade e segurança na produção de alimentos. A empresa está ainda em fase de implementação das melhorias para voltar a disponibilizar os seus produtos no mercado.

Por conta do período em que esteve fechada, a empresa sofreu forte impacto em suas receitas e foi obrigada a reduzir sua equipe de colaboradores em aproximadamente 70%.

A Bassar Pet Food também está oferecendo assessoria veterinária para todos os consumidores que entram em contato com o seu SAC e o suporte necessário a todos seus consumidores”.

Entenda

A investigação teve início após tutores desconfiarem da morte de dois cães e levarem corpos para serem periciados pela Escola Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conforme laudo de necropsia, os animais morreram por “ lesões renais graves” em decorrência de consumo de etilenoglicol. Na ocasião, os donos suspeitaram que a substância estava em petiscos.

No dia 2 de setembro, a Polícia Civil divulgou dados que confirmam a presença de monoetilenoglicol - mesmo que etilenoglicol - em um petisco recebido pela instituição de um dos tutores que registrou denúncia. Após a coletiva, o MAPA determinou o fechamento da fábrica e recall de produtos.

No decorrer da investigações, os órgãos constataram que petiscos de outras marcas também foram contaminados por etilenoglicol, que estava misturado ao propilenoglicol vendido pela empresa Tecnoclean.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.