A Toyota retomou na última segunda-feira (3) a produção dos modelos Corolla, Corolla Cross e Yaris nas fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, no interior de São Paulo. Com isso, cerca de 7.300 trabalhadores das duas unidades voltam gradualmente às atividades. As operações estavam paralisadas desde o fim de setembro, após a fábrica de Porto Feliz-SP, responsável pela produção de motores, ser destruída por um temporal. A unidade segue fechada e sem previsão de reabertura.
A retomada acontece de forma escalonada. Nos próximos dois meses, apenas as versões híbridas de Corolla e Corolla Cross serão montadas no Brasil, já que utilizam motores 1.8 flex importados do Japão — o que permite driblar os impactos diretos da paralisação da fábrica de motores. Não por acaso, durante o período de interrupção, praticamente só se encontravam as versões eletrificadas disponíveis nas concessionárias.
Unidade de Porto Feliz (SP) foi a primeira a produzir motores da Toyota na América Latina
As versões movidas somente a combustão dos dois modelos, porém, só deverão voltar ao ritmo normal em janeiro de 2026. Até lá, a Toyota terá de importar os motores — o que também vale para o Yaris hatch, ainda produzido em Sorocaba para exportação. O motor Dynamic Force 2.0 16V de Corolla e Corolla Cross será importado do Japão, enquanto o 1.5 16V do Yaris virá da Indonésia. A produção plena de todas as versões dos modelos está prevista para fevereiro de 2026.
Para recuperar o tempo perdido, a Toyota vai acelerar o ritmo em novembro e dezembro. A fábrica de Sorocaba vai operar em três turnos, enquanto Indaiatuba seguirá com dois — a mesma configuração usada antes da paralisação. Já os 800 funcionários da unidade de motores de Porto Feliz seguem em layoff, sem data definida para retorno.
O novo Yaris Cross, principal lançamento da marca para o período, também será afetado. Previsto para estrear em outubro, o SUV compacto terá a data de lançamento revelada posteriormente pela Toyota. A tendência, diante do cenário de importações e ajustes na cadeia de motores, é que ele só chegue ao mercado brasileiro em 2026.