O estado de São Paulo ganhou uma nova indicação geográfica (IG) com a procedência do
Com o novo registro, São Paulo passa a contar com 12 IGs, sendo nove delas relacionadas ao agronegócio. No caso da pupunha do Vale do Ribeira, os produtores que desejarem utilizar o selo devem seguir as práticas tradicionais da região, descritas no caderno de especificações elaborado com os agricultores e aprovado pelo Inpi.
Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em São Paulo, Estanislau Steck, os produtores ligados à IG são agricultores familiares. Cerca de 1,8 mil produtores cultivam aproximadamente 10 mil hectares de pupunha, de acordo com a Associação dos Produtores de Pupunha do Vale do Ribeira (Apuvale).
Palmito da Apuvale
Bem adaptado ao clima quente e úmido da região desde sua introdução na década de 1940, o palmito pupunha tem como diferencial a capacidade de rebrota, permitindo múltiplas colheitas sem retirada da palmeira. Essa característica o torna uma alternativa sustentável em comparação a espécies como juçara e palmeira-real, antes exploradas de forma extrativista.
A IG abrange produtores de Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, Sete Barras e Tapiraí. A sede da Apuvale fica em Registro. O selo contempla palmito em haste, o minimamente processado e o processado.
A pupunha em conserva poderá ser identificada em formatos como tolete, rodelas, estirpe de palmeira, picado, bandas, espaguete, arroz, lasanha e outras variações que atendam aos requisitos previstos na legislação e no regulamento da IG.