O Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (3) que as propostas do setor agrícola brasileiro para as negociações comerciais com os Estados Unidos já foram “encaminhadas”. O ministro, contudo, não revelou os detalhes das ofertas ou a lista de produtos envolvidos nas conversas.
As negociações visam o fim do tarifaço, um conjunto de sobretaxas que afeta o comércio bilateral
Etanol em troca de café e carne
Nos bastidores, as fontes indicam que a estratégia do governo brasileiro envolve uma troca de concessões, como a maior abertura para o etanol americano, que atualmente é taxado em 18% para entrar no Brasil.
Internamente, Brasília avalia cenários como a redução da alíquota ou a criação de cotas para o biocombustível. A ideia, no entanto, enfrenta críticas do setor produtivo nacional.
A meta principal do país é a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelos EUA sobre as exportações de café, carne bovina e pescados brasileiros.
Fávaro demonstrou otimismo, destacando que “gradativamente nós já tivemos sucesso com alguns produtos que foram retirados dessa sobretaxação e estamos em fase agora muito oportuna da negociação final”.
Diálogo
O Ministro confirmou que o governo discutiu a possibilidade de implementar a lei de reciprocidade, que permitiria ao Brasil retaliar as exportações americanas. No entanto, a opção foi pelo “diálogo”.
“Estamos conseguindo superar o desafio”, disse Fávaro em coletiva no Palácio do Itamaraty.
Segundo ele, a diversificação de mercados abertos no mundo permitiu que a “crise fosse muito menor”, caso as negociações com os EUA se arrastassem."Os Estados Unidos são muito importantes para a relação comercial com o Brasil, mas não são a única opção que temos”, completou o ministro.
Em paralelo, o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, disse à imprensa na China que espera a
