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Especialista indica calendário de manejos para planejar reprodução e saúde do rebanho

Ferramenta disponível em versão impressa e digital auxilia produtores na organização das atividades da fazenda

Calendário tem a estação reprodutiva como marco inicial

Com a chegada do período chuvoso, pesquisadores da Embrapa (Campo Grande-MS) e da Universidade Brasil (SP) recomendam aos produtores a associação de atividades da fazenda com as recomendações técnico-científicas dos especialistas. Dentre as ferramentas utilizadas está o Calendário de Manejos Reprodutivo, Sanitário e Zootécnico, disponível desde 2017.

O calendário tem a estação reprodutiva como marco inicial. Segundo a pesquisadora Vanessa Felipe, do exame andrológico dos machos até o diagnóstico final da gestação com o descarte das matrizes, é possível planejar todas as atividades de manejo animal da propriedade, e assim, incrementar os índices produtivos e reprodutivos do rebanho.

As doenças reprodutivas, muitas vezes negligenciadas, constam no calendário, com um olhar cuidadoso para com a saúde das fêmeas. Com os bezerros, é importante acompanhar o tratamento do umbigo, a ingestão do colostro, as vacinas neonatal e, se possível, identificá-los adequadamente.

Planejamento reprodutivo e sanitário

Após isso, o calendário segue a programação de vacinas contra as principais doenças que atingem o rebanho e o controle estratégico contra carrapatos e moscas, disposta em uma solução diferenciada por cores e lotes para facilitar a organização.

Para isso, a médica-veterinária explica que o material é dividido por categorias animais: maternal, desmama, pós-desmama e sobreano e também por touros e matrizes. Para cada mês do ano, há uma ou mais atividades programadas.

Outra facilidade é a versatilidade do calendário. Impresso ou digital, em celular ou desktop, o produtor tem várias versões à mão e todas passíveis de customização, de acordo com a realidade da propriedade rural.

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Além da Universidade Brasil, a construção do Calendário de Manejos teve o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e do Programa Embrapa-Geneplus.

*Giulia Di Napoli colabora com reportagens para o portal da Itatiaia. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.