Um estudo recente concluiu que as características ambientais e físicas de cada propriedade precisam ser consideradas na hora de avaliar o planejamento do controle do carrapato bovino. A pesquisa publicada na
A publicação apresenta os resultados de um estudo realizado no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sistemas Integrados e Meteorologia Aplicada (Cesimet) da Seapi, em Hulha Negra (RS). De acordo com a médica veterinária da Seapi e coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Ovina (Proeso), Nathalia Bidone, “o objetivo foi analisar a relação entre a infestação por Rhipicephalus (Boophilus) microplus, variáveis meteorológicas e o desempenho de novilhas de corte criadas extensivamente na região da Campanha”.
Segundo a médica veterinária, a análise climática indicou que, entre as variáveis estudadas, a radiação solar global foi a que mais influenciou negativamente a infestação, provavelmente por favorecer a dessecação de larvas e ovos no ambiente. “As demais variáveis meteorológicas, como temperatura, umidade e precipitação, apresentaram pouca correlação com a carga parasitária”, destaca.
A pesquisa também evidenciou o impacto da infestação sobre o ganho de peso das novilhas. “Houve correlação entre o número de carrapatos e o ganho médio diário (GMD), com perdas estimadas de até 1,6 gramas por carrapato por dia. O estudo reforça a importância do monitoramento contínuo dos animais e das condições ambientais para embasar o controle do carrapato bovino”, alerta Nathalia.