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Carne bovina brasileira ganha comprador inédito e soma três novos mercados após retirada dos EUA

Com este anúncio, agronegócio brasileiro alcança 403 aberturas de mercado desde o início de 2023

O Brasil conquistou mais um mercado inédito para a carne bovina. O novo comprador anunciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta quinta-feira (21) é São Vicente e Granadinas, país do Caribe.

Após negociação sanitária, o governo brasileiro vai exportar para o país caribenho carne bovina, produtos cárneos e miúdos bovinos.

A abertura faz parte da estratégia do governo de diversificação de parcerias comerciais. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 288 milhões em produtos agropecuários para países da Comunidade do Caribe (CARICOM), de que São Vicente e Granadinas é membro.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 403 aberturas de mercado desde o início de 2023.

Ao todo, são três novos mercados após a retirada dos Estados Unidos com o tarifaço de Trump. Além de São Vicente e Granadinas, o Brasil vai exportar para o mercado das Filipinas carne bovina com osso e miúdos. Além da Indonésia, quarto país mais populoso do mundo: carne com osso, miúdos bovinos, produtos cárneos e preparados de carne brasileiros.

Preço dispara nos EUA

Enquanto o Brasil conquista novos mercados, claro que não do tamanho do Estados Unidos, o país norte-americano vive com altos preços da carne bovina.

Segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho do país, o quilo da carne atingiu, na média nacional, US$ 11,875 a libra ou quase R$ 150 o quilo, o maior preço da história do pais. Moradores do país norte-americano, incluindo brasileiros, flagraram preços de até US$ 69 uma bandeja de carne.

Os preços assustadores são causados principalmente por três fatores: mudanças climáticas, restrições ao México e o tarifaço contra o Brasil, que deixou de exportar carne aos norte-americanos.

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Boi estável e exportações firmes

Segundo levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o boi gordo — animais para abate — se mantêm predominantemente estável, com algumas novas altas, na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas.

Já as exportações brasileiras de carne bovina, na primeira metade de agosto, as vendas seguiram firmes, mesmo com a tarifa adicional de 50% imposta pelos Estados Unidos

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde