O agronegócio brasileiro registrou um novo marco histórico em 2025. Entre janeiro e novembro deste ano, a importação de
De acordo com Thomé Guth, superintendente de Logística Operacional da Conab, o movimento reflete o otimismo do produtor nacional diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. “O agricultor brasileiro percebeu um cenário de oportunidades. Mudanças regulatórias e econômicas mostram que há espaço para ampliar a presença dos produtos brasileiros no exterior”, analisou Guth.
A ascensão do Arco Norte e o protagonismo de Paranaguá
No mapa da logística nacional, o Porto de Paranaguá (PR) mantém a liderança isolada como principal porta de entrada de fertilizantes, com 10,16 milhões de toneladas.
No entanto, a grande novidade do ano é a consolidação do Arco Norte. Pela primeira vez, os portos da região superaram o Porto de Santos (SP) no desembarque de insumos:
- Arco Norte: 7,56 milhões de toneladas.
- Porto de Santos: 7,52 milhões de toneladas.
Soja e milho: exportações em ritmo acelerado
Paraná lidera a entrada de insumos e o Arco Norte domina o escoamento da produção. As exportações de soja atingiram o recorde de 104,7 milhões de toneladas até novembro, superando a marca histórica de todo o ano de 2021. Desse total, 36,8% saíram pelos portos do Norte, enquanto Santos respondeu por 31,9%.
No milho, a tendência se repete: das 34,8 milhões de toneladas exportadas até agora, quase metade (47,2%) foi escoada pelo Arco Norte, contra 41,6% pelo porto santista.
Mercado de fretes
Apesar dos números recordes na movimentação de carga, o mercado de fretes agrícolas encerrou novembro em ritmo lento. Com o fim da safra 2024/25 e o início do ciclo 2025/26, a demanda por transporte está estabilizada. A expectativa da Conab é que as cotações voltem a subir apenas com o início da colheita das culturas de primeira safra, nos primeiros meses de 2026.