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AgroAmigo: saiba como funciona programa que oferece R$ 1 bilhão em microcrédito

Previsão é atender 100 mil famílias das regiões Norte e Centro-Oeste

AgroAmigo emprestou, até agora, R$ 150,7 milhões em 12,8 mil operações de microcrédito

O programa AgroAmigo do governo federal é uma ação pioneira de microcrédito rural destinada a agricultores familiares para estimular a geração de renda e melhorar as condições de vida e trabalho no campo. A previsão é atender 100 mil famílias das regiões Norte e Centro-Oeste.

O AgroAmigo disponibiliza até R$ 1 bilhão para contratos de microcrédito rural, que poderão ser utilizados para a compra de insumos e equipamentos, investimentos em infraestrutura, armazenagem e mecanização em pequenas propriedades. Os recursos são operados com o apoio da Caixa Econômica Federal.

Lançado em dezembro do ano passado, o AgroAmigo emprestou, até agora, R$ 150,7 milhões em 12,8 mil operações de microcrédito.

Quem pode acessar esse crédito?

O Agroamigo é destinado a agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que abrange grupos diversos, desde assentados, ribeirinhos, comunidades extrativistas e pescadores, a indígenas e quilombolas. O programa é voltado para famílias com renda bruta anual de até R$50 mil que se dedicam a atividades agrícolas como forma de subsistência.

Que valores podem ser solicitados na linha de crédito?

AgroAmigo – Jovem (18 a 29 anos) até R$ 8 mil;
AgroAmigo – Mulher até R$ 15 mil e
AgroAmigo – Homem: até R$ 12 mil.

O crédito do AgroAmigo pode ser usado em quais atividades?

O AgroAmigo atende a dois tipos de operação: investimento e custeio. O crédito de investimento do AgroAmigo é para fazer melhorias na estrutura da propriedade e no sistema produtivo. Ele pode ser usado para implantar reservatórios, armazéns e sistemas de irrigação, fortalecer cultivos regionais, recuperar pastagens, adquirir matrizes e reprodutores, ou ainda montar pequenas agroindústrias que agreguem valor à produção da agricultura familiar.

Já o crédito de custeio é mais voltado para as despesas do dia a dia da produção. Serve para comprar sementes, adubo, ração, combustível, e até mesmo para pagar diárias de trabalhadores temporários, contratados para ajudar em atividades como plantio, colheita ou cuidados com os animais. Ou seja, o custeio garante que a produção siga funcionando até a próxima colheita ou ciclo produtivo.

Como pedir o crédito?

O primeiro passo é baixar o aplicativo Conquista+ no celular e abrir uma conta. Depois, é preciso pedir, pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), o atendimento de um agente de crédito credenciado. Esse profissional acompanha todo o processo, desde a elaboração da proposta de crédito até a liberação do recurso, e pode visitar a comunidade ou a propriedade rural. Negócios comunitários, como cooperativas, associações ou sindicatos agrícolas, também podem pedir esse atendimento.

Documentos necessários:

  • CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) tipo B e CAR (Cadastro Ambiental Rural), quando aplicável;
  • Documento de identidade (RG);
  • Cadastro de Pessoa Física (CPF);
  • Comprovante de endereço.

Se os membros da família fizerem parte de uma única CAF tipo B, todos poderão pedir o acesso ao microcrédito usando o mesmo CAF. É importante esclarecer que uma mesma família somente pode assinar diferentes contratos se cada beneficiário estiver, de fato, dedicado à atividade produtiva.

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Quais são as condições para pagar esse empréstimo?

O AgroAmigo oferece juros de 0,5% ao ano, com prazo de até três anos para pagar. Além disso, o programa conta com um bônus de adimplência, que funciona como um incentivo para quem paga em dia: esse bônus pode reduzir em até 40% o valor total da dívida.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde