Estudo inédito vai mapear o ‘DNA’ do Queijo Minas Artesanal do Serro; entenda

Foram selecionados 32 propriedades de 10 municípios da região do Serro para a realização de diversas coletas de materiais

Pesquisa vai identificar as bactérias ácido láticas encontradas no queijo da região

Três meses após o modo de fazer queijo minas artesanal se tornar patrimônio da humanidade, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está conduzindo um estudo detalhado para identificar uma espécie de ‘mapa genético’ Queijo Minas Artesanal (QMA) do Serro.

Segundo a Emater-MG, a pesquisa envolve a análise dos microrganismos presentes no produto e a avaliação da saúde do rebanho leiteiro da região.

A iniciativa é conduzida em conjunto com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Foram selecionados 32 propriedades de 10 municípios da região do Serro para a realização de diversas coletas de materiais, até o início de abril. As amostras já estão em análise nos laboratórios das universidades.

A pesquisa vai identificar as bactérias ácido láticas encontradas no queijo da região, no leite, nas tábuas de maturação e no ‘pingo’ – fermento natural retirado do soro do queijo e essencial para o sabor característico do produto. Essas bactérias benéficas ajudam na fermentação e conferem características únicas ao queijo do Serro. Serão avaliados queijos em diferentes fases de maturação. A análise detalhada irá permitir a rastreabilidade do produto e até prevenir falsificações.

Além da análise das bactérias, a pesquisa também avalia a qualidade sanitária do rebanho leiteiro. Foram coletadas amostras do leite (na ordenha e nos tanques de armazenamento), do soro do leite, do sangue dos animais e até de carrapatos.

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‘Os exames vão detectar a presença de doenças que podem afetar a saúde do gado e comprometer a qualidade do leite, como brucelose, tuberculose, leptospirose, toxoplasmose e mastite, além de investigar a eficácia de carrapaticidas usados na região’, afirma José Aparecido.

Segundo a Emater, os resultados da pesquisa estão previstos para agosto.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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