Amigas e amigos do Agro!
Os preços da arroba do boi e os cortes para o consumidor não caíram, entretanto os frigoríficos abriram a semana comprando menos até que haja uma decisão da China sobre a medida que poderá ser tomada para proteger o pecuarista chinês.
É a tão falada salvaguarda que analisa o volume da carne bovina brasileira que entrou esse ano no mercado chinês e que poderia estar concorrendo deslealmente com os pecuaristas daquele país.
Há um outro caso em análise de laboratório sobre um remédio usado em excesso no combate ao carrapato. Se houver uma punição, o embarque da carne brasileira para Pequim pode ser suspenso por prazo indeterminado.
Até que venha uma decisão do governo chinês, os preços da carne bovina poderão até baixar no mercado interno favorecendo o consumidor.
Lá nos Estados Unidos, o presidente Trump mandou investigar a disparada de preços da carne bovina, principalmente a moída, com um dado interessante.
O preço do gado vivo está dentro dos valores de mercado, mas os frigoríficos depois do abate cobram caro do varejista que repassa os aumentos para o consumidor, que não suportam mais a inflação da carne.
O governo investiga os 4 maiores frigoríficos que abastecem os americanos e são responsáveis por 85% da carne que circula no país. Entre os investigados está a JBS, empresa brasileira que se tornou a maior processadora global de carnes bovina, suína e de frango.
O caso da carne nos Estados Unidos é similar ao que acontece com o leite no Brasil, só que aqui o governo não toma providencias, mesmo diante dos protestos dos produtores e autoridades do leite.
A entrada do leite em pó do Uruguai e Argentina para ser reidratado no Brasil vem chegando em carretas atrás de carretas.
Aqui a indústria não paga o custo de produção do litro para o produtor e vai moendo os pequenos.
Só que os preços nos supermercados quase não mudaram. A indústria suga o produtor e explora do consumidor.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa