Nas últimas semanas o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a
Segundo a pasta, a medida que valerá por um ano, visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para outras áreas, além da região Norte do Brasil.
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‘Esta é uma medida que demonstra o reconhecimento do tema por parte do Mapa. Durante a vigência do estado de emergência fitossanitária, todas as ações necessárias para erradicar a praga e evitar sua disseminação para outras áreas produtivas poderão ser adotadas com mais agilidade, tanto em nível federal quanto estadual’, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
‘Vassoura de bruxa’
A doença, que é conhecida como ‘vassoura de bruxa’ da mandioca, foi detectada pela Embrapa Amapá nos plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, em 2024.
Os sintomas da doença caracterizam-se por ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Com a evolução da doença, é comum a ocorrência de clorose - quando não produz clorofila suficiente -, murcha e seca das folhas, morte apical - produção excessiva de broto, contribuindo para o nanismo - e morte descendente das plantas.
A dispersão - proliferação - pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água. A movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões também pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas.
Mapa esclarece
Após a repercussão do decreto de emergência, o Mapa esclareceu alguns pontos na última segunda-feira (10).
- Segundo a pasta, a praga ‘vassoura de bruxa’ da mandioca, não tem qualquer relação com a vassoura de bruxa do cacaueiro. Trata-se de uma doença nova, detectada oficialmente em julho de 2024 no estado do Amapá.
- O fungo não representa qualquer risco à saúde humana, apesar de ser altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
- Até o momento, a pasta confirma que não há registros da praga no estado do Pará. ‘Embora a emergência tenha sido declarada para os estados do Amapá e do Pará, a presença da praga está confirmada apenas em alguns municípios do Amapá. O Pará foi incluído na medida preventiva por fazer fronteira terrestre com o Amapá, onde a praga segue avançando, e por ser o maior produtor de mandioca do Brasil’, esclarece o Mapa em comunicado.
Ações de defesa fitossanitária
Desde a confirmação oficial da presença da praga no país, equipes compostas por profissionais do Mapa, Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do estado do Amapá (Diagro) e o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) estão atuando no estado do Amapá, executando uma varredura completa na área considerada de novos riscos de detecção de novos focos da praga e aplicação de medidas de contenção nos focos identificados.
Com a publicação da Portaria será estabelecido um Comando Nacional de emergenciais, compostos por várias instituições públicas federais, estaduais e municipais, além da iniciativa privada, para tratar das ações necessárias no enfrentamento a esta praga.