Para facilitar a comercialização do mel de abelhas melíponas e garantir a preservação da espécie, a Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara dos Deputados regulamenta a criação, o manejo, o uso sustentável em colônias, o transporte e o comércio das abelhas sem ferrão. O Projeto de Lei (PL) 4429/20 é de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que é de um dos estados que mais incentiva essa cultura.
“A intenção foi criar um marco legal próprio que permita a atividade da meliponicultura sustentável e sem embaraços burocráticos que desestimulam o investimento no setor”, relatou o deputado Alceu Moreira (PSD-RS) que fez ajustes no projeto.
Abelhas sem ferrão
As abelhas sem ferrão são aquelas que não produzem tanto mel quanto as tradicionais, porém representam uma importância similar na polinização de plantas. Elas possuem um ferrão atrofiado, por isso não picam.
As mais conhecidas são as de Jataí, Mandurí, Mirim, Mandaçaia, Urucú, e Guaraipo. Estas abelhas são importantes na manutenção da biodiversidade nos vários biomas brasileiros. A maioria das plantas depende delas para se reproduzir.
Maracujá, laranja, maçã, castanha-do-Brasil e manga são alguns exemplos que só existem por causa da dependência das abelhas, que podem ser criadas em casa. Em cada colmeia, que cabe num recipiente do tamanho de uma caixa de sapatos, é possível tirar até um litro e meio de mel por ano. Para colher uns 4 litros por ano é só criar 3 colmeias que ocupam pouco espaço.
O importante é ter por perto plantas que possuam boa florada. Se faltar alimentos, as abelhas voam para dentro de casa para procurar alimentos que contenham açúcar, mas como são inofensivas e só pousam em lugares limpos.
Um dos pontos importantes na criação de abelhas sem ferrão é a educação ambiental das crianças ou então uma terapia para os mais velhos passarem o tempo.