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Cafés premiados no 18º Concurso de Qualidade dos Cafés da Emater ganham linha especial

Lançamento será na próxima quarta-feira (26), com a presença de produtores, representantes do governo de Minas e autoridades

Café vencedor de 2020. Embalagens desse ano ainda são mantidas em segredo

Cafés premiados no Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais, safra 2021, promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) vão compor uma linha promocional denominada “Cafés Campeões”, de uma grande rede de supermercado mineira. A novidade será lançada nesta quarta-feira (26) com a presença dos produtores, diretoria da Emater e representantes do Governo de Minas.

“É o quarto ano que temos essa parceria com a Emater para valorizar a cafeicultura mineira. Para nós, do Verdemar, é uma honra apoiar o cafeicultor mineiro e levar esse produto de excelentíssima qualidade para nossos clientes”, disse o sócio da rede, Alexandre Poni. Os cafés terão embalagens especiais, com identificação de origem, nome e uma breve história do produtor, nota no prêmio, região, características do sabor do café, tipo de torra e cultivo do grão.

Quinze cafés de quatro regiões produtoras mineiras estarão disponíveis nas gôndolas do supermercado, a partir de quarta-feira. O cafeicultor Diogo Ferreira Amorim, de Espera Feliz, da região Matas de Minas, foi o campeão estadual do concurso. O café produzido por ele obteve 93 pontos (de um total de 100), na metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). Ele foi o primeiro colocado na região Matas de Minas, na categoria Café Natural. “Essa vitória é uma experiência muito boa e espero que seja a primeira de muitas conquistas”, disse Diogo.

Ainda na região das Matas de Minas, o produtor Ademir Abreu Lacerda, também de Espera Feliz, foi o primeiro colocado na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado. A produtora Patrícia Roza Emerick ficou com o prêmio “Mulher Destaque” por ser a cafeicultora a atingir a melhor pontuação entre as mulheres participantes. Ela produz café no município do Alto Jequitibá.

A liderança da região Cerrado Mineiro ficou com Edu Leandro Melo, de Pratinha, na categoria Café Natural, e Ricardo Souza Guimarães, da Serra do Salitre, na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado. No Sul de Minas, quem figurou nos primeiros lugares foram Pedro Ferreira Rezende Brás, de Vargem Bonita, na categoria Natural, e Flávio Roberto Carvalho Ferraz, de Dom Viçoso, na categoria Cereja Descascado. Já a região da Chapada de Minas teve como campeões a Ecoagricola Café Ltda, de Francisco Dumont, na categoria Natural, e Rodrigo Montesanto Pereira Leite, de Minas Novas, na categoria Café Cereja Descascado/Desmucilado ou Despolpado.

Sobre o concurso

O Concurso de Qualidade dos Cafés é promovido pela Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe). A participação no concurso é gratuita e podem concorrer somente produtores de municípios mineiros, com amostras de café arábica, tipo 2, colhidas no ano do concurso.

Neste ano, o Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais recebeu a inscrição de 1.557 amostras, a maior parte pertencentes a agricultores familiares. Os cafés foram avaliados por especialistas em cafés especiais, de acordo com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). Todos os finalistas receberam nota acima de 84 pontos. “Existe o jargão que o importante é competir, mas no caso desse concurso essa afirmação cabe mais ainda. Todos os que participam têm retorno de um especialista, um feedback técnico, que vai ser um parâmetro para que o produtor possa melhorar a qualidade do seu café e um dia também vencer”, disse o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.