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Veneno no prato ou prato vazio?

Colunista Valdir Barbosa discute proibição de agrotóxico pela Anvisa

Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu pela proibição do agrotóxico

Veneno no prato ou prato vazio? O ideal é que não seja nem um e nem o outro. O radicalismo precisa ser eliminado dos diversos segmentos da sociedade, e mais ainda do agronegócio.

A decisão da Anvisa de proibir o uso do ativo Carbendazim em culturas como feijão, soja, arroz, algodão, milho e outros produtos foi uma decisão de extremo radicalismo.

Por que? O agrotóxico, como muitos gostam de tratar, estava sendo usado no Brasil desde 1991 e, de repente, a Anvisa o define como o mal do agro e coloca as restrições exatamente às vésperas do início da próxima safra.

Quem tem o produto no Brasil poderá vendê-lo ou usá-lo durante 12 meses. Mas será que o que está no país é o suficiente para cobrir a safra inteira?

A data da proibição foi estrategicamente pensada, só não se sabe se foi para o bem ou para o mal, política, social...

Ainda não podemos mensurar se pode haver uma quebra de safra. Só podemos garantir que, se tal fato acontecer, o consumidor será mais uma vez o grande ‘pagador do pato’.

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.