A 39ª Exposição Agropecuária do Mangalarga Marchador, em seu 7º dia, atraiu uma multidão ao Parque da Gameleira, na manhã deste domingo (24). O diretor de marketing da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Manoel Campos, disse que o movimento da mostra já está 20% maior do que a anterior realizada em 2019. Cerca de 15 mil pessoas estão visitando o local por dia e a expectativa é que 200 mil passem por lá até o próximo dia 30. Durante a semana, prosseguem as provas de morfologia, de marcha batida e picada e as esportivas, além das palestras técnicas e dos leilões “Estamos recebendo criadores de, praticamente, todos os estados brasileiros e isso é muito gratificante para nós, uma prova do prestígio da feira”, disse Manoel.
Um desses criadores é o baiano Carlos Avena que tem mantém um plantel de Mangalargas Marchadores no município de Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá. (BA). Animado, ele disse que a “exposição está espetacular e que trata-se de um evento que, por seu elevado nível técnico, precisa ser divulgado e conhecido em todo o mundo”. Sua principal motivação para participar da feira é a troca de experiências práticas e técnicas com outros criadores. “No contato com os associados, vemos onde estamos acertando e onde podemos melhorar”, disse.
Mesmo pensamento do criador e médico-veterinário, João Paulo Rezende dos Santos, do Haras PBR, de Borda da Mata (MG). Na opinião dele, ir à “Nacional” e poder comparar os animais com o de outros criadores do Brasil é fundamental. “Se você criar cavalos e só olhar para dentro de casa, não consegue ter um parâmetro sobre sua própria evolução. Só faz sentido se você evoluir. Preciso que o filho do meu animal, seja melhor do que ele. Na Nacional estão os melhores criadores e animais, por isso, é uma oportunidade imensa aprendizado”, disse.
Ele contou que os animais-atletas começam a ser preparados para as competições um ano antes. Os treinos diários incluem marcha, trabalho aeróbico numa esteira elétrica e exercícios numa piscina (hidroginástica), massagem e banho de gelo, após os treinamentos. João contou que eles também são assistidos por um médico-veterinário e uma nutricionista, diariamente. “Temos muito cuidado para que os cavalos se mantenham com músculos fortes, com o peso ideal e, principalmente, para que não se lesionem”, disse.
O engenheiro mecânico Rodrigo Luiz de Oliveira Ferreira e sua mulher, a arquiteta, Cibele de Villefort Maia Ferreira, foram à Exposição do Mangalarga pela primeira vez. Rodrigo tem um exemplar da raça para praticar cavalgadas e adora assistir as provas de marcha. “É bonito de ver. Os animais têm um trote muito elegante”, comentou.
Heitor Vieira, do Haras Portuense, do Rio de Janeiro, elogiou a organização do evento. “Depois de dois anos sem exposição presencial, esse ano, eles capricharam. Eu trouxe cinco animais para competição, já ganhei dois campeonatos de Marcha e estou muito feliz com tudo, tendo toda a assistência de que necessito”. Na foto, com a esposa Paula e a filha Maria Luísa.
Os estudantes de medicina-veterinária e namorados, Vítor Augusto Gomes Rosa e Natália de Oliveira Gomes, estavam na beira da pista, assistindo atentamente as provas. “Adoramos cavalos. Nós dois temos animais e gostamos de observar o conjunto deles, a forma, a marcha e os peões montando”.