Nesta quarta-feira (23), é celebrado o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, uma data instituída pela UNESCO em 1995 para promover a leitura, homenagear autores e destacar o papel fundamental dos livros na construção de sociedades mais justas e instruídas.
A data não foi escolhida por acaso: 23 de abril marca o falecimento de grandes nomes da literatura mundial, como William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, todos mortos em 1616. Desde então, a data tornou-se um símbolo da riqueza literária da humanidade.
Apesar da crescente digitalização do cotidiano, o hábito da leitura permanece vivo — mas enfrenta desafios. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2020), apenas 52% da população brasileira é considerada leitora, ou seja, leu ao menos um livro nos três meses anteriores à pesquisa. Entre os jovens de 11 a 13 anos, o índice chega a 84%, o que mostra que o gosto pela leitura começa cedo, mas tende a diminuir com o tempo.
A pandemia acelerou o consumo de livros digitais, audiobooks e plataformas de leitura online, democratizando o acesso. Segundo a Câmara Brasileira do Livro, em 2023 o setor editorial registrou uma alta de 4,3% nas vendas, com destaque para livros de ficção, autoajuda e educação.
O hábito da leitura está diretamente ligado ao desenvolvimento da empatia, do pensamento crítico e da capacidade de concentração. Ler regularmente também melhora a escrita, o vocabulário e o desempenho escolar.
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Yale, pessoas que leem por pelo menos 30 minutos por dia têm 23% mais chances de viver mais tempo, quando comparadas com quem não lê. A leitura também é uma ferramenta poderosa no combate à ansiedade e à depressão, atuando como forma de escapismo e reflexão.
A campanha da UNESCO deste ano reforça o lema: “Ler para entender o mundo”, enfatizando o papel da literatura na formação de cidadãos críticos e engajados.