Uma megaoperação realizada dentro do Centro de Remanjemanto do Sistema Prisional (Ceresp) em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte, apreendeu 22 celulares, 21 baterias, 24 carregadores, 17 chips, cinco fones de ouvido, um chuço (faca artesanal) e seis buchas de substância semelhante à maconha.
Os trabalhos contaram com a participação de 117 agentes, sendo 50 do Comando de Operações Especiais (COPE) e 67 de demais agrupamentos, além de cães farejadores.
Após a operação, alguns presos que ainda estavam com celulares mandaram vídeos e áudios para a imprensa afirmando que o crime vai dar resposta e ameaçaram colocar fogo em ônibus e matar agentes penitenciários.
“Hoje a gente teve uma geral aqui e fomos escrachado. Eles esculacharam os pertences que a própria família trouxe para a gente e que eles permitiram que entrasse na unidade (sic). Então, eles não nos respeitaram. E devido a isso a resposta do crime vai vir. E a resposta do crime é o seguinte, se eles estão nos atacando e a gente aqui não tem como reagir, nós vamos começar a colocar fogo nos ônibus lá fora. E se agente começar a tomar tiro na porta de cadeia, não vem falar que o crime está errado, não, o crime está é representando. Tem que respeitar pelo menos nossos familiares”, diz um detento em um áudio.
“Venho comunicar um fato deselegante que aconteceu no Ceresp de Betim hoje. Familiares de vários presos trouxeram os pertences, como chinelo, alimento, manta, e tudo foi jogado fora no procedimento que teve hoje. Tem preso que não tem bermuda aqui, não tem nada. Falta de atendimento, falta de tudo. Nós vamos mandar colocar fogo nos ônibus. Essa é a resposta que o crime vai dar”, diz outro.
Vídeo mostra ameaça de detento: “Nós vamos mandar colocar fogo nos ônibus aí fora, essa é a resposta que o crime vai dar”.
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September 4, 2019
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirma que operações como a que foi realizada são rotineiras em unidades prisionais de todo o estado e que somam aos trabalhos diários, que visam coibir a entrada e permanência de objetos ilícitos no interior das unidades prisionais.
Com informações de Renato Rios Neto