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Condenações dos cinco réus acusados de homicídios no Planalto ultrapassam 250 anos

Julgamento foi concluído por volta de 02h da manhã com o anúncio das condenações no Tribunal do Júri

Foi concluído por volta de 2h da manhã no plenário da Câmara de Ipatinga o julgamento dos cinco réus acusados de dois homicídios e uma tentativa de assassinato ocorridos no bairro Planalto, em Ipatinga. O crime foi registrado no dia 24 de maio do ano passado e vitimaram Gabriel Alves Araújo, de 18 anos, natural de Governador Valadares e Vitor Rodrigues dos Santos, que tinha 17 anos e também era natural de Governador Valadares.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 7ª Promotoria de Justiça de Ipatinga, representada pelo Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, obteve a condenação dos acusados. Foram condenados Wesley Teixeira Amorim, de 30 anos, Lion Neres da Silva, de 23 anos, Brendo Washington Ferreira Alves, de 28 anos, Guilherme Souza Drumond, de 25 anos e Waquiler Rodrigo Costa Bicalho, de 32 anos. As condenações somam 270 anos de prisão.

De acordo com a denúncia, Wesley, Lion, Brendo e Guilherme responderam por duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa qualificada — sendo Wesley o único também acusado de tráfico de drogas. Já Waquiler foi julgado apenas pelo crime de associação criminosa qualificada. Foram condenados Wesley Teixeira Amorim, a 85 anos de reclusão; Lion Neres da Silva, a 82 anos; Brendo Washington Ferreira Alves, a 65 anos; Guilherme Souza Drumond, a 34 anos; e Waquiler Rodrigo Costa Bicalho, a 4 anos de reclusão — este último apenas pelo crime de associação criminosa.

Todas as teses apresentadas pelo Ministério Público foram amplamente acolhidas pelo Conselho de Sentença.

De acordo com a denúncia, os réus, armados com espingarda calibre 12, pistolas .40 e .380 e revólver calibre 38, executaram Gabriel Alves Araújo e Vitor Rodrigues dos Santos, e tentaram matar Carlos Sérgio Dimas da Silva, de 25 anos.

As investigações revelaram que o grupo atuava de forma organizada com o objetivo de controlar o tráfico de drogas na região. A motivação do crime decorreu da circulação, no bairro, de uma carta que anunciava uma “nova gestão” do comércio de entorpecentes. Os réus atribuíram às vítimas a autoria da carta, circunstância que desencadeou a ação criminosa.

Quanto ao réu Gabriel Mendes Ernesto, o “Gaguinho”, 27 anos, o processo foi desmembrado antes da escolha dos jurados, e o julgamento dele está previsto para o dia 1º de dezembro de 2025.

Para o Promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, o resultado reafirma o compromisso do Ministério Público em garantir a responsabilização de integrantes de organizações criminosas e a proteção da sociedade:

“Essa condenação representa a resposta firme do sistema de Justiça diante de crimes bárbaros e da atuação de grupos voltados à violência e ao tráfico de drogas. É um passo importante na defesa da vida e da paz social em Ipatinga e em toda a região.”

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