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Vazamento expõe 16 bilhões de senhas no mundo e usuários da Apple, Google e Facebook são alertados

Alerta da autoridade cibernética indiana recomenda mudança imediata de senhas e uso de autenticação multifator para evitar golpes e sequestros de contas

A Índia emitiu um alerta global após a descoberta de um dos maiores vazamentos de senhas da história. Segundo a CERT-In (Equipe de Resposta a Emergências Computacionais da Índia), aproximadamente 16 bilhões de credenciais de login foram expostas, comprometendo usuários de serviços como Apple, Google, Facebook, Telegram, GitHub e várias redes VPN.

As informações vazadas foram extraídas de mais de 30 bases de dados, obtidas principalmente por meio de malware do tipo infostealer instalado em dispositivos e navegadores, além de servidores mal configurados. De acordo com a CERT-In, o pacote de dados inclui “nomes de usuário, senhas, cookies de sessão, tokens de autenticação e metadados que conectam as credenciais a contas específicas”.

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O governo indiano alerta que o vazamento pode resultar em quatro riscos principais:

  • ‘Credential stuffing’: quando criminosos tentam usar as mesmas senhas em diferentes plataformas;
  • ‘Phishing’ e engenharia social: com os metadados, os golpes se tornam mais convincentes;
  • Sequestro de contas: invasores podem assumir perfis pessoais, bancários e corporativos;
  • Ataques empresariais: incluindo sequestro de dados (ransomware) e fraudes por e-mail.

O comunicado orienta os usuários a agirem com urgência. Entre as recomendações estão: “trocar imediatamente as senhas, principalmente de contas de e-mail, redes sociais e bancos”, “ativar a autenticação multifator”, “usar gerenciadores de senhas” e “ficar atento a e-mails suspeitos que simulam alertas de segurança”.

Mesmo que nenhum comportamento estranho tenha sido identificado, os especialistas reforçam a necessidade de prevenir danos maiores. "É fundamental atualizar as senhas e proteger suas contas digitais hoje”, alerta o comunicado.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.