Mistério na ilha proibida: o arquipélago brasileiro onde habitam 4 mil cobras venenosas

Conhecida como ilha das cobras, o local abriga uma das maiores populações de cobras no mundo

Jararaca-ilhoa tem um veneno cinco vezes mais potente do que o da jararaca-comum

A Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande, no litoral de São Paulo, é a casa de uma das maiores densidades de serpentes no mundo. Por lá, é possível encontrar uma espécie endêmica que está criticamente ameaçada, a jararaca-ilhoa, considerada a mais peçonhenta do Brasil.

O local é conhecido como Ilha das Cobras. Já o nome “Queimada Grande” foi dado por causa das queimadas intensas provocadas por pescadores no passado para afastar os animais.

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Atualmente, o local só pode ser acessado por pesquisadores. A ilha é um laboratório natural para estudos sobre evolução, ecossistema e conservação, por isso fica sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Além disso, cientistas do Instituto Butantan e universidades ajudam a manter a estabilidade da população de serpentes por lá.

Além das cobras, a ilha também tem diversas espécies de insetos, lagartos, aranhas e aves, como o atobá. O destaque fica com a jararaca-ilhoa, que tem um veneno cinco vezes mais potente do que o da jararaca-comum.

Esse veneno foi fundamental para o desenvolvimento do Captopril, um dos medicamentos mais usados para controle da pressão arterial.

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.

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