O Natal é tradicionalmente conhecido pelos cristãos como o nascimento de Jesus Cristo, marcado por ritos religiosos e reuniões familiares. Porém, a celebração da presença de Jesus assume diferentes variações dependendo da crença. Em comum, as religiões aproveitam o período para reforçar valores como a paz, a caridade e a fraternidade.
Na Umbanda, Jesus é sincretizado na figura de Oxalá. Segundo o dirigente espiritual Nathanael Serafim Coelho, a data é um momento para intensificar o que já é praticado o ano todo. “Para gente, na Umbanda, Jesus Cristo é sincretizado, manifestado na imagem do orixá Oxalá, que representa a paz, a sabedoria, representa a leveza do ser, representa a luz”, explica. Para ele, o fim de ano é uma oportunidade de reafirmar a educação espiritual e a caridade dentro e fora dos terreiros.
Para os espíritas, o Natal é a celebração da personificação máxima do amor. O palestrante José Maria Silva destaca que a prática da caridade é a melhor forma de celebrar os ensinamentos de Jesus. “Eu celebro praticando o que Jesus nos ensinou, que é a caridade. (...) Ele veio pessoalmente, então é uma data importantíssima, porque marca para a gente a lei máxima do universo, que é a lei do amor”, afirma José Maria.
Já os adventistas utilizam a data para focar na missão de Cristo na Terra. Jonas Loureiro, adepto da religião, explica que, embora a Bíblia não cite a data exata do nascimento, o período é usado para falar do amor de Deus através de cantatas, mutirões de solidariedade e visitas a instituições. “E a gente usa sim, árvores de Natal, luzes, enfeites, tudo para lembrar que é uma data de festa, é uma data que a gente comemora o nascimento do Filho de Deus”, diz Jonas.
Independentemente da religião, o sentimento de união prevalece. A celebração do Natal, seja por meio de oferendas, doações ou festas, demonstra que o espírito de solidariedade desperta intenções nobres em diferentes grupos da sociedade.