O Brasil é conhecido por sua riqueza em pedras preciosas, como esmeraldas, turmalinas, águas-marinhas e topázios. No entanto, rubis, variedades vermelhas do coríndon, são raros em território nacional, e os poucos achados despertam interesse de colecionadores e gemólogos.
Por que os rubis são raros no país
A raridade dos rubis no Brasil está relacionada às condições geológicas específicas necessárias para sua formação. O rubi precisa de altas pressões e temperaturas, rochas com alumínio e cromo, mas baixo teor de sílica e ferro, condições pouco comuns no Escudo Cristalino Brasileiro.
Enquanto países como Mianmar, Moçambique e Tailândia possuem cinturões geológicos ideais, o Brasil não teve eventos tectônicos que favorecessem a formação de rubis de alta qualidade em grande escala.
Características dos rubis brasileiros
Os achados nacionais estão concentrados principalmente em Monte Santo, na Bahia. Esses rubis apresentam algumas particularidades:
- Cor: tendem ao vermelho-púrpura ou arroxeado, diferente do vermelho intenso conhecido como “sangue de pombo”.
- Inclusões: possuem fraturas e minerais internos, que confirmam a origem, mas podem reduzir a transparência.
- Fluorescência: apresentam forte brilho vermelho sob luz ultravioleta devido à alta concentração de cromo.
- Tamanho: cristais maiores que alguns quilates são extremamente raros.
Mercado e valor
No mercado, é importante diferenciar rubis de pedras vermelhas mais comuns no Brasil, como turmalina rubelita e granada. Com dureza 9 na escala Mohs, os rubis são pedras muito resistentes, mas os achados brasileiros raramente atendem aos padrões de joalheria de luxo internacional.
Seu valor está ligado principalmente a colecionadores e nichos que buscam gemas raras e de origem específica. A chance de novas descobertas significativas permanece baixa devido às condições geológicas
Os poucos rubis encontrados no Brasil são resultado de eventos geológicos pontuais.
(Sob supervisão de Aline Campolina)