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Alopécia areata: Sociedade Brasileira de Dermatologia atualiza orientações sobre doença

Segundo a entidade, é preciso enfatizar o impacto emocional do quadro; 78% dos pacientes relatam problemas relacionados à saúde mental

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) atualizou as orientações para tratamento da alopécia areata, uma doença autoimune que causa queda repentina de cabelo.

O novo consenso foi necessário devido aos avanços nas pesquisas e à chegada de novos medicamentos, e inclui uma nova forma de classificação que considera o impacto psicossocial da doença. O documento foi publicado em dezembro de 2024, com reunião desses estudos recentes.

A alopecia areata ocorre quando o sistema imunológico ataca os folículos pilosos, causando inflamação e perda de cabelo em áreas do couro cabeludo e também em outras regiões do corpo.

A queda pode ser em uma região pequena ou mesmo causar alopécia total. Segundo a entidade, fatores como predisposição genética, influências ambientais e estresse estão envolvidos no desenvolvimento da doença.

Impacto emocional

Nas novas orientações, a entidade destaca o significativo impacto emocional da alopécia. A perda de cabelo afeta diretamente a autoestima e pode gerar ansiedade, depressão e isolamento. Segundo a SBD, até 78% dos pacientes relatam problemas relacionados à saúde mental.

“Uma boa consulta deve oferecer acolhimento psicológico e discussão de aspectos emocionais do paciente e dos cuidadores nos casos pediátricos. O impacto psicológico e social dos cabelos vai além de seu significado biológico”, diz o documento.

A dermatologista Barbara Miguel aponta a importância da atenção com o estado psicológico dos pacientes: “O apoio psicológico, com o tratamento dermatológico, é essencial para ajudar os pacientes a lidarem com os efeitos emocionais da doença e a manterem uma atitude positiva diante do tratamento.”

Durante o tratamento recomenda-se também atenção quanto aos efeitos colaterais. É recomendável a realização de exames como hemograma, função renal e outros e acompanhamento médico para avaliação de riscos como trombose e problemas cardiovasculares.

Com informações da Agência Einstein

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