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STF marca para dia 11 de novembro julgamento de ‘Kids Pretos’ por tentativa de golpe

Núcleo 3 da denúncia é formado por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal que são acusados de planejarem o assassinato de autoridades

Julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)

O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Flávio Dino, marcou para o dia 11 de novembro o início do julgamento dos dez réus do núcleo 3 da denúncia que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O grupo é composto por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal (PF). Eles são acusados de atacar o sistema eleitoral e articular ações para executar o golpe de estado.

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Alguns dos militares são apontados com Kids Pretos, alcunha dada para quem é das Forças Especiais do Exército.

Entre as ações apontadas na denúncia, está o plano Punhal Verde e Amarelo que seria para assassinar autoridades.

Segundo as investigações da Polícia Federal, os alvos seriam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

Dino marcou o início do julgamento após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decretar o fim da instrução processual. Com isso, o processo chega em sua reta final.

Os réus são:

  • Bernardo Correa Netto, coronel do Exército;
  • Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército e integrante do grupo “kids pretos”;
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel do Exército;
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.

Todos eles respondem por cinco crimes, são eles:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência e ameaça grave;
  • Deterioração de patrimônio tombado.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.