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Lula cobra plano nacional de Inteligência Artificial em encontro com cientistas: ’Brasil não pode ser espectador’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu aos membros do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia para elaborar a criação de um plano nacional de Inteligência Artificial (IA)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (7), que o Brasil não pode ficar “no reboque do que sobrar dos outros países” em relação a uma Política Nacional de Inteligência Artificial. O discurso foi feito durante participação na 2ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia.

“Faça uma proposta dessa questão da Inteligência Artificial para a gente enfrentar isso e o Brasil virar competitivo no mundo e não o Brasil ser, apenas, um espectador do que acontece na Europa, nos Estados Unidos ou na China”, destacou o presidente.

A reunião, que ocorreu no Palácio do Planalto, teve como tema os avanços da Inteligência Artificial no Brasil.

“Queria pedir ao Conselho de Ciência e Tecnologia para aproveitar esses três anos de mandato que eu ainda tenho, em que vocês terão mais liberdade de pensar e agir do que no meu governo, não há hipótese de alguém dar mais liberdade para se pensar e agir do que no meu governo, para que a gente possa definir uma política concreta de Inteligência Artificial para esse país. E aí são vocês que têm que apresentar. Tem que colocar no papel o que nós queremos fazer, o que o Brasil pode fazer, ou o Brasil vai ficar reboque daquilo que sobrar que os outros países fizeram para que a gente possa participar do processo?” ponderou Lula.

O tema foi discutido na reunião bilateral entre Lula e o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que ocorreu na quarta-feira (6), no Palácio do Planalto.

“Ele me fez uma proposta, que eu achei extremamente interessante. Ele fez uma proposta para que o Brasil e a Espanha fizessem uma parceria para que a gente criasse uma Inteligência Artificial nas nossas línguas, português e espanhola, para que a gente não fique à reboque dos outros que já estão na nossa frente. Eu achei a ideia genial”, revelou Lula.

O presidente destacou, no encontro, que o uso da Inteligência Artificial tem sido discutido nas reuniões de chefes de estado, incluindo a Cúpula da União Africana, que ele participou na Etiópia, em fevereiro. “Se vocês tiverem inteligência de fazer a proposta, eu terei a coragem de criar uma política brasileira de Inteligência Artificial”, garantiu o presidente.

A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, afirmou, em coletiva de imprensa, após a reunião, que a ideia é apresentar um plano para a elaboração da Política Nacional de Inteligência Artificial durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada entre 4 e 6 de junho deste ano.

O presidente Lula prometeu apresentar a proposta em seu próximo discurso na Assembleia Geral da ONU, que irá ocorrer em setembro.

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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.