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Ministra anuncia início de construção de Casa da Mulher Brasileira em BH em 2024

Em 2023, um grupo de mulheres ocupou um terreno no Bairro União, na Região Nordeste de BH, para cobrar a instalação de uma unidade da casa na cidade

Ministra da Mulheres, Cida Oliveira, anuncia construção de uma unidade da Casa da Mulher Brasileira em BH

O governo federal deve começar a construir, neste ano, uma unidade da Casa da Mulher Brasileira em Belo Horizonte. A informação foi dada nesta quarta-feira (6) pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). As casas servem para acolher e orientar cidadãs vítimas de violência.

A unidade de BH da Casa da Mulher Brasileira constava em um pacote de obras que seria licitado em 27 de fevereiro pelo Ministério da Justiça. Problemas na concorrência, porém, motivaram o adiamento do edital.

“As mulheres mineiras começaram o ‘Quem ama não mata’, na década de 1980. É muito importante trazer isso. Não deixaremos de cuidar de Belo Horizonte. Mas tivemos esse problema (no certame). As questões do terreno e os processos estão andando. Agora, é só colocar a licitação na rua. Vamos definir uma nova modalidade de licitação. Estamos em tratativas com a Caixa e com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para que a gente possa, ainda neste ano, iniciar a construção da Casa da Mulher Brasileira em Belo Horizonte”, disse Cida Gonçalves, após questionamento da Itatiaia sobre o tema.

No ano passado, um grupo de mulheres ocupou um terreno no Bairro União, na Região Nordeste de BH, para cobrar a instalação de uma unidade da casa na cidade.

“A Casa da Mulher Brasileira é o que chamamos de serviço integrado e humanizado. Integrado, porque tem todos os serviços colocados pela Lei Maria da Penha: a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, o Juizado Especializado, o Ministério Público especializado, a Defensoria Pública e o atendimento psicossocial. Ela (a casa) tem abrigamento provisório de 48 horas, porque se a mulher está em risco ou a patrulha não conseguiu localizar o agressor, pode ficar, com seus filhos, protegida na Casa da Mulher Brasileira”, completou a ministra.

Os trabalhadores do espaço dão, ainda, apoio às mulheres que precisam se deslocar ao Instituto Médico Legal (IML) para exames decorrentes das agressões sofridas.

Justiça no mercado de trabalho

O apoio ao ingresso no mercado de trabalho também é um dos eixos do espaço. No ano passado, passou a vigorar lei federal que reserva 10% das vagas do Sistema Nacional de Emprego (Sine) a mulheres em situação de violência doméstica ou familiar

“A mulher, se não tem qualificação, vai sair de lá para fazer um curso. Se ela já é qualificada, será inserida no mercado de trabalho”, explicou Cida Gonçalves.

O governo federal planeja, ainda, outras duas unidades da Casa da Mulher Brasileira em Minas: uma, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Outra, no Vale do Jequitinhonha.

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Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.