O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os líderes José Guimarães (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (sem partido -AP), além do vice-presidente Geraldo Alckmin no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (25). A uma semana de caducar a Medida Provisória do Desenrola - programa de renegociação de dívidas, o governo acredita que não terá dificuldades para aprovação. O encontro para definir as pautas prioritárias para o governo no congresso também teve os ministros Rui Costa (Casa Civil) Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O governo vai priorizar a aprovação de propostas na área econômica.
Dois projetos permitem ampliação e barateamento de crédito para população - o chamado Projeto das Garantias à empréstimos que visa a reduzir a inadimplência e assim fazer com que os bancos ofertem empréstimos mais baratos à população e o outro permite que concessionárias de serviços públicos emitam títulos de dívida (debêntures ) para investidores e tenham incentivo fiscal por isso.
Outra preocupação de Lula é a medida provisória (MP) do Desenrola - programa de renegociação de dívidas do governo - que perde a validade no dia 3 de outubro. De acordo com o ministro das relações Institucionais, Alexandre Padilha, o governo tem certeza que o Congresso reconhece a importância de não paralisar o programa com a importância do Desenrola. “O diálogo já está sendo feito, vamos trabalhar para votar o mais rápido possível, cumprir o prazo e não ter descontinuidade do programa”, disse.
Outro projeto citado pelo ministro responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso foi o que fala sobre a compensação dos estados depois da queda de arrecadação provocada pelo corte na alíquota do ICMS no ano passado. O governo havia anunciado a antecipação de R$ 10 bilhões ainda em 2023. Além disso, o Planalto quer viabilizar ajuda também aos municípios que seria uma parcela adicional ao FPM - o Fundo de Participação dos Municípios. Segundo Padilha, os valores podem ser pagos já em novembro se o governo conseguir o aval do Congresso ainda em outubro.