O ministro José Múcio
“A gente já percebia que muita gente não desejava sair do poder. Muita gente não desejava largar o poder. Mas, no dia 1º de janeiro, as Forças Armadas garantiram a posse do presidente eleito e estamos vivendo nossa plenitude democrática. Precisamos esclarecer para deixarmos de suspeitar de todo mundo e punir os culpados”, afirmou. Nessa quinta-feira, após as revelações sobre a
Delação de Mauro Cid. Informações adiantadas por O Globo sobre a colaboração premiada de Mauro Cid, braço-direito de Jair Bolsonaro na Ajudância de Ordens, dão conta de que o militar relatou à Polícia Federal (PF) minúcias de um encontro entre o ex-presidente e a alta cúpula das Forças Armadas após a derrota na eleição do ano passado. Na ocasião, de acordo com Cid, Bolsonaro propôs um golpe de Estado para permanecer à frente do Palácio do Planalto. O Exército, segundo Cid, declinou da sugestão. O almirante Almir Garnier, entretanto, teria colocado as tropas da Marinha à disposição do então presidente da República.
À imprensa nesta sexta-feira, o ministro da Defesa José Múcio afirmou que ainda não esteve com o presidente Lula para discutir sobre as informações reveladas a partir da delação premiada de Mauro Cid. Questionado sobre a intenção da relatora da CPMI dos atos antidemocráticos, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), de convocar Almir Garnier para prestar esclarecimentos sobre os atos golpistas, Múcio disse que a comissão é ‘soberana e pode convocar quem quiser’.