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Saiba o que Lula disse sobre a Guerra da Ucrânia em discurso na ONU

Presidente citou o conflito entre russos e ucranianos em pronunciamento que abriu a Assembleia Geral das Nações Unidas

Lula discursou na ONU nesta terça-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a Guerra da Ucrânia nesta terça-feira (19), durante o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em Nova York, nos Estados Unidos da América (EUA), Lula afirmou que o conflito armado “escancara” o que chamou de “incapacidade coletiva” na busca pelo cumprimento dos princípios da Carta da ONU. O documento tem, na lista de objetivos, a manutenção da paz e da segurança internacional.

“A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU. Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz. Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações”, disse.

A chefes de Estado, Lula criticou o volume de recursos repassados por governos nacionais para a aquisição de armamentos.

“No ano passado, os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares. As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU. Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade”, continuou.

Crítica a embargos

O presidente brasileiro criticou sanções impostas a alguns países e criticou os embargos contra Cuba.

“A comunidade internacional precisa escolher: de um lado, está a ampliação dos conflitos, o aprofundamento das desigualdades e a erosão do Estado de Direito; de outro, a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz. As sanções unilaterais causam grandes prejuízos à população dos países afetados.Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos”, opinou.

Antes de mencionar a Ucrânia, Lula chamou os conflitos armados de “afronta à racionalidade humana”. Ele condicionou a sustentabilidade e a prosperidade do globo ao alcance da paz.

“Conhecemos os horrores e os sofrimentos produzidos por todas as guerras. A promoção de uma cultura de paz é um dever de todos nós. Construí-la requer persistência e vigilância. É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino”, exemplificou.

“A este caso se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão. Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas”, completou.

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