O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), criticou a postura da oposição ao governo Lula (PT) diante do apagão que afetou cidades em todas as regiões brasileiras nesta terça-feira (15). Ele chamou a postura de “torcida do contra” e fez uma analogia com uma partida de futebol.
“Dez minutos depois do ocorrido parecia mais uma efusiva comemoração, uma goleada do Atlético e Cruzeiro em Minas Gerais. Era gente parecendo que estávamos entrando em uma partida de futebol, criticando, dizendo que país vive um apagão”, disse ele durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira.
“Apagão quase vivemos há dois anos”, afirmou Silveira, em referência aos problemas de fornecimento de energia ocorridos durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Foram críticas que me entristecem como gestor, como quem está preocupado em ver o Brasil crescer e combater a desigualdade. Um país com tantos problemas reais pra gente debater no governo, quando tem um problema que é pontual, não é sistêmico, que está sob a égide de um bom planejamento, ver a comemoração de parte da oposição me entristece”, continuou o ministro.
Em outro momento da entrevista, Silveira disse que durante a gestão Bolsonaro o setor energético brasileiro esteve “à beira do colapso” por falta de planejamento. “Há planejamento, segurança, os nossos reservatórios estão cheios. O ocorrido hoje absolutamente nada tem a ver com o planejamento do sistema e a geração de energia”, declarou.
Leia mais:
Entenda o apagão
Alexandre Silveira informou que a energia foi restabelecida e 100% normalizada em todas as regiões do Brasil desde às 14h49m. Segundo o Ministério de Minas e Energia, pasta chefiada por ele, uma ocorrência no Sistema Interligado Nacional (SNI) interrompeu o fornecimento de uma carga de 16 mil MW, o que levou diversas cidades em todos os estados do Brasil ficarem sem energia. A exceção foi Roraima, que não teve municípios afetados porque não está ligado ao SNI.
Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), às 8h31 houve uma “separação elétrica” das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste. O órgão afirmou que houve uma abertura das interligações entre essas regiões e que a interrupção no fornecimento de energia no Sul e no Sudeste “foi uma ação controlada para evitar a propagação da ocorrência”.