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Defesa de Kalil desiste de mandado judicial para garantir depoimento dele em CPI da Câmara de BH

Ex-prefeito havia pedido para ser inquirido por comitê que investigou possíveis casos de abuso de poder; relatora afirma que não há como imputar responsabilidades a Kalil

O ex-prefeito Alexandre Kalil

A defesa do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), vai desistir do mandado judicial que garantiu, a ele, o direito de depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Poder, instalada pela Câmara Municipal. Nesta sexta-feira (21), o advogado Tarcísio Mendonça, que representa Kalil, comunicou a vereadores da capital mineira que vai enviar, à Justiça, requerimento comunicando a desistência do pedido de depoimento.

Segundo Mendonça, comunicar a desistência à Justiça é “a melhor saída” para a questão. O relatório final da comissão, que deve ser votado ainda nesta sexta-feira, pede a investigação de pessoas ligadas a Kalil pelo possível cometimento de crimes.

As recomendações, feitas pela vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), serão enviadas ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), à Receita Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral.

Os possíveis abusos de poder apurados pela CPI estão relacionados ao período em que Kalil esteve à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

“Na minha opinião, essa CPI começou sem nenhum elemento de convicção que justificasse a acusação e a devassa feita na vida do ex-prefeito”, criticou o advogado do político do PSD

Antes de Mendonça comunicar que a defesa desistiu da solicitação de depoimento, Fernanda Pereira Altoé afirmou que não há como imputar responsabilidades diretas a Kalil pelas eventuais ilicitudes apuradas pela CPI. O comitê investigou o perdão de dívidas do ex-prefeito pelo Executivo municipal, como as relacionadas ao IPTU, além das contrapartidas impostas pela PBH à construção da Arena MRV.

Segundo Altoé, seu relatório não recomenda, às autoridades, a abertura de pedido de indiciamento ou de investigação contra Kalil.

“Não tem o que (Kalil) testemunhar sobre os fatos investigados porque as pessoas nunca conversaram com ele e não o conhecem”, defendeu a vereadora do Novo.

Tem mais de 27 anos de experiência jornalística, como gestor de empresas de comunicação em Minas Gerais. Já foi editor-chefe e apresentador de alguns dos principais telejornais do Estado em emissoras como Record, Band e Alterosa, além de repórter de rede nacional. Foi editor-chefe do Jornal Metro e também trabalhou como assessor de imprensa no Senado Federal, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Sesc-MG. Na Itatiaia, onde está desde abril de 2023, André é repórter multimídia e apresentador.
Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.