A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 aprovou nesta terça-feira (11) as quebras de sigilo telemático de três militares ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de
Serão quebrados os sigilos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que compareceu à CPMI nesta terça, do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do coronel
A sessão desta terça-feira da CPMI que investiga os atos antidemocráticos cometidos em 8 de janeiro começou com atraso às 10h e esteve aberta por cerca de oito horas para oitiva de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro usou o habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), e optou por permanecer em silêncio pelo período.
CPMI do 8/1: quem é quem?
A CPMI instaurada para investigação das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último janeiro aprovou nesta terça-feira (11) as quebras de sigilo de três militares e de George Washington de Oliveira Sousa. Confira a seguir quem é quem:
Mauro Cid. Será quebrado o sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) é autora do requerimento e pediu a cópia integral de todas as mensagens recebidas ou armazenadas no celular de Cid.
Silvinei Vasques. Primeiro a depôr na CPMI do 8/1, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pediu voto para a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes do segundo turno das eleições presidenciais.
Ele orientou a realização de cerca de 500 operações, a maioria na região Nordeste do país, no domingo do segundo turno apesar da ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que não fossem realizadas blitzes na ocasião.
O pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático foi feito pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) nesta terça-feira.
Jean Lawand Júnior. Coronel do Exército depôs à CPMI do 8/1 em 27 de junho após ser convocado para prestar esclarecimentos sobre mensagens com teor golpista trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid no ano passado. O coronel terá os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados a pedido do senador Fabiano Contarato (PT-ES).
George Washington de Oliveira Sousa. Condenado à prisão por nove anos e quatro meses, o homem de 54 anos confessou ter planejado um ataque junto a outros bolsonaristas reunidos em frente ao Quartel-Geral do Exército Brasileiro, em Brasília. Ele detalhou ter gasto R$ 170 mil com armas para organizar o atentado e afirmou que explodiria um caminhão-tanque nas imediações do aeroporto da cidade.