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CPMI do 8/1 aprova quebras de sigilo de Cid, ex-chefe da PRF e coronel Lawand

Senadores também aprovaram quebras de sigilo de George Washington de Oliveira Sousa, criminoso que planejou atentado em Brasília

Mauro Cid compareceu à sessão da CPMI nesta terça-feira

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 aprovou nesta terça-feira (11) as quebras de sigilo telemático de três militares ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de George Washington de Oliveira Sousa — condenado a 9 anos de prisão por planejar atentado a bomba nas imediações do Aeroporto de Brasília em dezembro. Parlamentares pediram que a presidência da República entregue a cópia integral das mensagens dos quatro em até cinco dias.

Serão quebrados os sigilos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que compareceu à CPMI nesta terça, do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do coronel Jean Lawand Júniorsaiba abaixo quem é quem.

A sessão desta terça-feira da CPMI que investiga os atos antidemocráticos cometidos em 8 de janeiro começou com atraso às 10h e esteve aberta por cerca de oito horas para oitiva de Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro usou o habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), e optou por permanecer em silêncio pelo período.

CPMI do 8/1: quem é quem?

A CPMI instaurada para investigação das invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último janeiro aprovou nesta terça-feira (11) as quebras de sigilo de três militares e de George Washington de Oliveira Sousa. Confira a seguir quem é quem:

Mauro Cid. Será quebrado o sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) é autora do requerimento e pediu a cópia integral de todas as mensagens recebidas ou armazenadas no celular de Cid.

Silvinei Vasques. Primeiro a depôr na CPMI do 8/1, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) pediu voto para a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes do segundo turno das eleições presidenciais.

Ele orientou a realização de cerca de 500 operações, a maioria na região Nordeste do país, no domingo do segundo turno apesar da ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que não fossem realizadas blitzes na ocasião.

O pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático foi feito pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) nesta terça-feira.

Jean Lawand Júnior. Coronel do Exército depôs à CPMI do 8/1 em 27 de junho após ser convocado para prestar esclarecimentos sobre mensagens com teor golpista trocadas com o tenente-coronel Mauro Cid no ano passado. O coronel terá os sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados a pedido do senador Fabiano Contarato (PT-ES).

George Washington de Oliveira Sousa. Condenado à prisão por nove anos e quatro meses, o homem de 54 anos confessou ter planejado um ataque junto a outros bolsonaristas reunidos em frente ao Quartel-Geral do Exército Brasileiro, em Brasília. Ele detalhou ter gasto R$ 170 mil com armas para organizar o atentado e afirmou que explodiria um caminhão-tanque nas imediações do aeroporto da cidade.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.